Uma cearense, Tamara Mayra Façanha Silva, está entre os 75 denunciados pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por participar ativamente do tráfico de drogas
e outras atividades coordenadas pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).
e outras atividades coordenadas pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).
No documento, de 569 páginas, a jovem de 24 anos, também conhecida por Pantera Negra, é responsável pelos negócios criminosos de seu companheiro Flávio Henrique Breve.
Breve, que usa os codinomes de Érick, Luan e Bonito, ocupa um escalão de destaque na hierarquia do PCC no Brasil. Da Penitenciária Nestor Canoa de Mirandópolis, em São Paulo, estado onde está o principal comando da facção, ele é o “Geral de Santa Catarina”. O homem que acompanha as ações criminosas naquele território da Região Sul.
Pela denúncia do MSPS, assinada pelo promotor Lincoln Gakiya, Mayra integraria o setor denominado “Fora do Ar” e é a “Ponteira do Geral Solevante”. De São Paulo, ela atuaria fora dos presídios na gerência de vários pontos de vendas ou “biqueiras” de cocaína, maconha, crack e ou outras drogas. Além disso, viabilizaria demandas do PCC ordenadas pelo marido ou por um chefe acima dele.
Para se chegar à atuação da cearense na facção, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) monitorou por alguns meses escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. Mesmo mudando de número de telefone e de nomes, os promotores conseguiram mapear os passos dela e de vários criminosos da cadeia de comando do marido.
Em uma das conversas, em 16/12/2017, Mayra acerta com uma advogada como irá fazer para livrar o flagrante de quatros “meliantes” presos em um dos pontos de droga. Ocasião em que a polícia apreendeu a bolsa contendo cartões e documentos da cearense.Na interceptação, a revelação também de que a polícia não havia apresentado toda a quantidade de droga recolhida no local nem o montante certo de dinheiro do tráfico.
No momento em que a polícia invadiu a boca de fumo, Mayra conseguiu fugir pulando muros da vizinhança da “biqueira” do PCC. Na casa havia “40 pacotes de ‘branca’ (cocaína) e 30 de ‘dura’ (crack)”. Além de controlar o comércio, a denunciada também acompanharia toda a movimentação financeira.
Em 7/12/20127, temendo ser transferido de presídio e ficar incomunicável, Henrique Breve ligou para esposa e alertou para valores ou devoluções de drogas que vendedores de rua do PCC deveriam fazer no dia seguinte. Pagamentos de R$ 300 a R$ 25 mil reais. “O cunhado do Chacao deve R$ 6 mil; Vudú deve R$ 1200; Hugo deve R$ 2400; Fio deve 4 mil e esta com prazo vencido; irmão Nei deve 25 mil; irmão Erê Tupã deve R$ 4 mil...”, disse ao telefone.
Mayra Façanha, de acordo com a denúncia do MPSP, é natural de Boa Viagem. Município do sertão cearense de onde foram recrutados dezenas de criminosos para o furto milionário ao Banco Central de Fortaleza, em agosto de 2005.
É de Boa Viagem um dos líderes do furto e integrante do PCC: Antônio Jussivan Alves dos Santos, o Alemão. Na época, segundo o delegado federal Antônio Celso, a facção investiu pelo menos R$ 800 mil no planejamento e execução do maior roubo a banco do País. Foram levados R$ 164,7 milhões. (Demitri Túlio / Thiago Paiva/OPOVO)
Breve, que usa os codinomes de Érick, Luan e Bonito, ocupa um escalão de destaque na hierarquia do PCC no Brasil. Da Penitenciária Nestor Canoa de Mirandópolis, em São Paulo, estado onde está o principal comando da facção, ele é o “Geral de Santa Catarina”. O homem que acompanha as ações criminosas naquele território da Região Sul.
Pela denúncia do MSPS, assinada pelo promotor Lincoln Gakiya, Mayra integraria o setor denominado “Fora do Ar” e é a “Ponteira do Geral Solevante”. De São Paulo, ela atuaria fora dos presídios na gerência de vários pontos de vendas ou “biqueiras” de cocaína, maconha, crack e ou outras drogas. Além disso, viabilizaria demandas do PCC ordenadas pelo marido ou por um chefe acima dele.
Para se chegar à atuação da cearense na facção, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) monitorou por alguns meses escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. Mesmo mudando de número de telefone e de nomes, os promotores conseguiram mapear os passos dela e de vários criminosos da cadeia de comando do marido.
Em uma das conversas, em 16/12/2017, Mayra acerta com uma advogada como irá fazer para livrar o flagrante de quatros “meliantes” presos em um dos pontos de droga. Ocasião em que a polícia apreendeu a bolsa contendo cartões e documentos da cearense.Na interceptação, a revelação também de que a polícia não havia apresentado toda a quantidade de droga recolhida no local nem o montante certo de dinheiro do tráfico.
No momento em que a polícia invadiu a boca de fumo, Mayra conseguiu fugir pulando muros da vizinhança da “biqueira” do PCC. Na casa havia “40 pacotes de ‘branca’ (cocaína) e 30 de ‘dura’ (crack)”. Além de controlar o comércio, a denunciada também acompanharia toda a movimentação financeira.
Em 7/12/20127, temendo ser transferido de presídio e ficar incomunicável, Henrique Breve ligou para esposa e alertou para valores ou devoluções de drogas que vendedores de rua do PCC deveriam fazer no dia seguinte. Pagamentos de R$ 300 a R$ 25 mil reais. “O cunhado do Chacao deve R$ 6 mil; Vudú deve R$ 1200; Hugo deve R$ 2400; Fio deve 4 mil e esta com prazo vencido; irmão Nei deve 25 mil; irmão Erê Tupã deve R$ 4 mil...”, disse ao telefone.
Mayra Façanha, de acordo com a denúncia do MPSP, é natural de Boa Viagem. Município do sertão cearense de onde foram recrutados dezenas de criminosos para o furto milionário ao Banco Central de Fortaleza, em agosto de 2005.
É de Boa Viagem um dos líderes do furto e integrante do PCC: Antônio Jussivan Alves dos Santos, o Alemão. Na época, segundo o delegado federal Antônio Celso, a facção investiu pelo menos R$ 800 mil no planejamento e execução do maior roubo a banco do País. Foram levados R$ 164,7 milhões. (Demitri Túlio / Thiago Paiva/OPOVO)
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