O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), declarou apoio ao ex-presidente Lula “em qualquer circunstância”, durante o Encontro de Tática do PT neste sábado (28).
O anúncio vai de encontro à expectativa do padrinho político de Camilo, o candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT), de ter apoio no palanque de Camilo no Ceará.
A definição da posição do governador da disputa enfraquece ainda mais a estratégia do PDT que ainda batalha por alianças nacionais e por apoio de partidos da esquerda, como PSB e PCdoB.
Na quarta-feira (25), a deputada federal Luizianne Lins (PT) disse que brigaria pela indicação ao Governo, caso Camilo não declarasse apoio a Lula ou a candidato do PT a presidente neste sábado.
Ainda que Camilo não tenha sido claro sobre apoiar um nome que não seja o de Lula, o PT trabalha com a possibilidade de o ex-presidente não ser enquadrado na lei da ficha suja e tornar-se candidato em 2018.
Lula está preso desde 7 de abril e escolheu o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad como seu porta-voz. Haddad é cotado como nome para substituir Lula nas eleições.
Durante seu discurso, o governador falou também sobre especulações de mudança de partido. “Passei 3 anos e 7 meses à frente do governo e todo mundo dizia que Camilo ia sair do PT, foram várias manchetes de jornais. Não sei qual era a intenção disso, se era para desarticular ou desorganizar o governo do PT”, afirmou.
“Há 17 anos, sou filiado ao partido e tenho muito orgulho disso”, ressaltou Camilo.
Senado
O governador, no entanto, não fez se posicionou publicamente sobre quem vai disputar o Senado na sua chapa. O PDT deve indicar o ex-governador Cid Gomes, também padrinho político de Camilo. A segunda vaga está indefinida entre o ex-adversário Eunício Oliveira (MDB) e um nome do PT, que pode ser o do atual senador José Pimentel.
Ao chegar ao evento, Camilo recuou na defesa da candidatura de Eunício e disse que iria esperar a decisão da maioria dos delegados do PT. Durante a semana, lideranças petistas, como o deputado federal José Guimarães, estiveram no Palácio da Abolição.
Umas das principais defensoras pela vaga do Senado, a deputada federal Luizianne Lins chegou ao evento após o discurso de Camilo. Ela criticou que o partido não pode sair do encontro sem uma decisão sobre o Senado. “Vai ser um baque muito grande para a militância”, pontou.
Ela disse ainda que, se o partido não optar pela vaga de senador, será apresentado um recurso à Executiva Nacional, “porque a gente acha muito grave que não tenha um candidato ao Senado que peça voto para o Lula”.TRIBUNADOCEARÁ
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