Segunda ou terceira colocada das pesquisas de intenção de voto, a depender do cenário, Marina Silva (Rede) ainda não atraiu outros partidos para formar alianças na disputa pela Presidência da República. Interlocutores da ex-ministra têm avançado em conversas com siglas pequenas como PHS e PMN, mas o apoio do PPS e do PSB continua distante. O movimento Agora!, que tem o apresentador de televisão Luciano Huck como um dos nomes de destaque, também não irá apoiar formalmente qualquer presidenciável.
Presidente do PPS, o nome do deputado Roberto Freire chegou a ser ventilado como possível vice de Marina, mas o parlamentar nega articulações e mantém o apoio a Geraldo Alckmin (PSDB). "Não teve nenhuma conversa. Foram algumas declarações dadas à imprensa [de integrantes da Rede], mas nenhum contato pessoal. Não tive contato com ninguém da Rede. Estou trabalhando para aquilo que o PPS havia decidido no congresso nacional [do partido], que era o indicativo de apoio ao Geraldo Alckmin. Como presidente do partido, estou trabalhando nesse sentido", afirmou Freire ao HuffPost Brasil.
Freire minimizou o desempenho do tucano nas pesquisas eleitorais, principal preocupação da campanha no momento. Alckmin teve 7% das intenções de voto no mais recente Datafolha e ficou empatado com Ciro Gomes (PDT), que oscila entre 10 e 11%. Marina, por sua vez, está em 2º lugar nos cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com 15%.
"As pesquisas não importam muito. Uma pesquisa que mostra um condenado ficha suja como candidato é uma pesquisa que distorce resultados", disse Roberto Freire, em referência à inclusão do nome de Lula nas sondagens. Condenado em 2ª instância por corrupção e lavagem de dinheiro, o petista pode ser considerado inelegível pela Lei da Ficha Limpa, mas a decisão cabe à Justiça Eleitoral. Enquanto não há essa definição, Lula pode apresentar o registro de candidatura.
O presidente do PPS admitiu, porém, que está aberto ao diálogo e que o cenário eleitoral está indefinido, mas acredita que o partido não irá mudar de posição. Ele também não aposta em uma possível influência de movimentos de renovação política que contam com membros do partido, como o Renova Brasil e o Agora!, que dialogam com Marina. "Quem vai decidir é o PPS", afirmou.
Marina e movimentos de renovação política
Marina Silva tem se aproximado dessas iniciativas e deve incluir ideias desses grupos em seu programa de governo. Em fevereiro, a Rede e o Agora! assinaram uma carta de compromisso, como uma forma de a legenda abrigar as candidaturas, mas manter a autonomia de ambos. Pelo menos 5 integrantes do movimento são filiados ao partido.
Apesar da convergência com a Rede, o Agora! não irá apoiar um nome na corrida presidencial. O foco do movimento é eleger representantes no Legislativo e o grupo também tem integrantes filiados ao PSD, Podemos, PR e PSB. Em fevereiro, também assinou uma carta de compromisso com o PPS, partido pelo qual Luciano Huck poderia ter lançado sua candidatura.
Na última quarta-feira (20), Marina jantou com os cientistas políticos Ilona Szabó e Leandro Machado, cofundadores do movimento, e com o apresentador. Apesar de estar fora da corrida eleitoral, Huck tem dito que deseja contribuir para a renovação no Congresso e mantém proximidade com o Agora! e com o Renova Brasil.
O apresentador tem demonstrado simpatia por Marina e por Alckmin, mas não pretende endossar nenhum dos dois presidenciáveis. Pelas regras da TV Globo, ele pode declarar voto publicamente, mas é impedido de fazer campanha ou de aparecer em compromissos eleitorais.
Marina Silva tem se aproximado dessas iniciativas e deve incluir ideias desses grupos em seu programa de governo. Em fevereiro, a Rede e o Agora! assinaram uma carta de compromisso, como uma forma de a legenda abrigar as candidaturas, mas manter a autonomia de ambos. Pelo menos 5 integrantes do movimento são filiados ao partido.
Apesar da convergência com a Rede, o Agora! não irá apoiar um nome na corrida presidencial. O foco do movimento é eleger representantes no Legislativo e o grupo também tem integrantes filiados ao PSD, Podemos, PR e PSB. Em fevereiro, também assinou uma carta de compromisso com o PPS, partido pelo qual Luciano Huck poderia ter lançado sua candidatura.
Na última quarta-feira (20), Marina jantou com os cientistas políticos Ilona Szabó e Leandro Machado, cofundadores do movimento, e com o apresentador. Apesar de estar fora da corrida eleitoral, Huck tem dito que deseja contribuir para a renovação no Congresso e mantém proximidade com o Agora! e com o Renova Brasil.
O apresentador tem demonstrado simpatia por Marina e por Alckmin, mas não pretende endossar nenhum dos dois presidenciáveis. Pelas regras da TV Globo, ele pode declarar voto publicamente, mas é impedido de fazer campanha ou de aparecer em compromissos eleitorais.
PSB não deve apoiar Marina
Cobiçado pelo PT e pelo PDT, o PSB não deve apoiar a campanha de Marina, apesar do histórico recente. Em 2014, sem conseguir viabilizar a Rede na Justiça Eleitoral, a ex-ministra se filiou à legenda socialista e se tornou vice na chapa com Eduardo Campos. Após a morte do ex-governador de Pernambuco em agosto daquele ano, ela assumiu a cabeça de chapa e ficou em terceiro lugar na corrida presidencial.
Vice de Marina à época, o ex-deputado Beto Albuquerque é um dos simpatizantes da aproximação, mas a aliança encontra resistência entre os socialistas. "Estamos insistindo. O PSB é uma prioridade, mas hoje é mais distante", afirmou ao HuffPost Brasil o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Além das articulações com outras alianças, outro entrave para uma união entre Rede e PSB são os interesses eleitorais regionais dos socialistas que têm sido priorizados pelo partido desde que o ex-ministro Joaquim Barbosa desistiu de ser candidato ao Palácio do Planalto.
Para Marina, o apoio seria determinante em relação ao tempo de propaganda no rádio e televisão. A estimativa é que ela alcançasse mais de um minuto. "Melhoraria sensivelmente", admite Randolfe. Com uma bancada de 2 deputados, Marina tem direito a apenas 8 segundos na propaganda de TV.
Do total do tempo, 90% serão distribuídos proporcionalmente ao número de representantes eleitos pelos partidos na Câmara em 2014. Naquele ano, o PSB emplacou 34 deputados. Os 10% restantes serão distribuídos igualitariamente entre as legendas.
O senador aposta que o bom posicionamento da presidenciável nas pesquisas irá ajudar a consolidar alianças até as convenções partidárias, em julho. "Ainda temos muito que navegar e crescer. Pelo menos um mês aí para constituirmos uma coalizão. A prioridade é construir alianças", completou Randolfe Rodrigues.HUFFPOST
Cobiçado pelo PT e pelo PDT, o PSB não deve apoiar a campanha de Marina, apesar do histórico recente. Em 2014, sem conseguir viabilizar a Rede na Justiça Eleitoral, a ex-ministra se filiou à legenda socialista e se tornou vice na chapa com Eduardo Campos. Após a morte do ex-governador de Pernambuco em agosto daquele ano, ela assumiu a cabeça de chapa e ficou em terceiro lugar na corrida presidencial.
Vice de Marina à época, o ex-deputado Beto Albuquerque é um dos simpatizantes da aproximação, mas a aliança encontra resistência entre os socialistas. "Estamos insistindo. O PSB é uma prioridade, mas hoje é mais distante", afirmou ao HuffPost Brasil o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Além das articulações com outras alianças, outro entrave para uma união entre Rede e PSB são os interesses eleitorais regionais dos socialistas que têm sido priorizados pelo partido desde que o ex-ministro Joaquim Barbosa desistiu de ser candidato ao Palácio do Planalto.
Para Marina, o apoio seria determinante em relação ao tempo de propaganda no rádio e televisão. A estimativa é que ela alcançasse mais de um minuto. "Melhoraria sensivelmente", admite Randolfe. Com uma bancada de 2 deputados, Marina tem direito a apenas 8 segundos na propaganda de TV.
Do total do tempo, 90% serão distribuídos proporcionalmente ao número de representantes eleitos pelos partidos na Câmara em 2014. Naquele ano, o PSB emplacou 34 deputados. Os 10% restantes serão distribuídos igualitariamente entre as legendas.
O senador aposta que o bom posicionamento da presidenciável nas pesquisas irá ajudar a consolidar alianças até as convenções partidárias, em julho. "Ainda temos muito que navegar e crescer. Pelo menos um mês aí para constituirmos uma coalizão. A prioridade é construir alianças", completou Randolfe Rodrigues.HUFFPOST
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