Em diversos debates e conversas que participei acerca do impeachment de Dilma Rousself (PT) sempre argumentei o seguinte:
“Se é para para considerar o impeachment de Dilma um golpe que se considere também o impeachment de Fernando Collor um golpe”.
Dizia ainda que as motivações para derrubar Collor do Governo são brinquedos de criança perto das motivações que levaram à queda de Dilma.
A única semelhança entre um caso e outro foi a absoluta falta de condição de governar o País. Não apenas pelo despreparo, mas também por tanto um quanto a outra terem perdido a maioria parlamentar. Detalhe: contra Collor, havia a esquerda (PT, PCdoB, PDT, PSB) mobilizando as ruas. Contra Dilma, não havia partidos nas ruas, mas sim movimentos que se declaravam liberais.
Parece que já há petista de alta patente aderindo à ideia de que Collor foi golpeado. E nesse caso, com o voto e a comemoração da esquerda.
Vejam o que mostra a Coluna do Estadão neste domingo?:
Após enfrentar o impeachment de Dilma Rousseff e com a proximidade de o ex-presidente Lula ser preso, petistas estão revendo suas posições.
Um dos pioneiros do partido, o senador Paulo Paim (RS), diz que hoje “pensaria dez vezes antes de votar” pela cassação de Fernando Collor. O mea-culpa foi feito em aparte a discurso do colega no Senado. “Dou este depoimento por questão de justiça. Votei pelo impeachment, mas a única coisa que fica na cabeça é a tal caminhonete Elba.” Collor emenda: “Uma carroça”. “Uma carroça”, concorda Paim.
Novos amigos. O discurso na última quinta-feira surpreendeu até Collor. Paim encerrou enaltecendo a “firmeza e coragem” do ex-presidente “em se apresentar como candidato” ao Palácio do Planalto.FOCUS.JORN
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