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quinta-feira, 8 de março de 2018

DEPUTADAS CEARENSES DEFENDEM ESPAÇO DAS MULHERES NA POLÍTICA

Por ipuemfoco   Postado  quinta-feira, março 08, 2018   Sem Comentários

A deputada Augusta Brito (PCdoB), procuradora especial da Mulher da AL, destaca que, apesar de as mulheres representarem mais de 52% do eleitorado brasileiro, a
participação feminina no Congresso Nacional não chega a 10%.


No Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta quinta, 8 de março, as deputadas estaduais cearenses chamam atenção para algumas reflexões a respeito do que já foi e do que ainda precisa ser conquistado no contexto político.

Na quarta-feira (07), o assunto ganhou destaque no plenário da Assembleia Legislativa com a realização de uma sessão com direito a discursos e homenagens.

Antes, em pronunciamento, o deputado Tomaz Holanda (PPS) parabenizou as mulheres da Assembleia Legislativa. O parlamentar destacou as servidoras da Casa e do gabinete dele, bem como as deputadas que integram o Parlamento. “Fernanda Pessoa (PR), Aderlânia Noronha (SD), Bethrose (PMB), Dra. Silvana (MDB), Rachel Marques (PT), Mirian Sobreira (PDT) e Augusta Brito (PCdoB) são as guerreiras que estão aqui, diariamente, defendendo o povo do Ceará”, assinalou.

Tomaz Holanda também parabenizou a vice-governadora, Isolda Cella. “Hoje vemos uma gestão responsável na educação e devemos muito à vice-governadora Isolda, que, quando era secretária de Educação, fez grandes ações”, pontuou.

Debate

Em entrevista, ao pontuar que as mulheres já conquistaram avanços importantes, a deputada Aderlânia Noronha (SD) pondera sobre a necessidade de uma continuação do debate. “No mês da mulher, convidamos a sociedade para uma reflexão sobre as mulheres e a política. O espaço ainda é pequeno e essa realidade vem mudando a cada eleição, mas ainda há muito a evoluir”, ressalta a parlamentar.

Machismo
Já a deputada Augusta Brito (PCdoB), procuradora especial da Mulher da AL, destaca que, apesar de as mulheres representarem mais de 52% do eleitorado brasileiro, a participação feminina no Congresso Nacional não chega a 10% – fato que ela atribui à questão histórica e cultural. “O machismo ainda é enorme. Há pouco tempo começamos a votar, então, ter a participação da mulher de igual para igual com o homem não é muito fácil. Eu vejo por experiência própria: a gente tem que trabalhar o dobro para ter algum reconhecimento que seja igual ao de qualquer outro que esteja aqui. Melhorou, mas melhorou pouco”, avalia.

Obstáculos
Presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Mulheres, a deputada Fernanda Pessoa (PR) pontua que, para além do machismo, é preciso romper os obstáculos e os costumes.“Também acredito que haja resistência da mulher por medo, por acreditar que esse seja ainda um espaço do homem”, opina. A parlamentar acrescentou ser importante incentivar a participação feminina na política, pois são as mulheres que sabem das necessidades femininas. “Somos nós mulheres que temos de opinar pela saúde que a gente quer, pelos direitos no mercado de trabalho e pelas leis no combate à violência doméstica”, enfatiza.

Cota
Segundo a deputada Rachel Marques (PT), a necessidade de políticas que valorizem o acesso das mulheres no Executivo e Legislativo é urgente. A parlamentar comenta que medidas como a cota de 30% de candidaturas femininas, vigente na legislação eleitoral desde 1995, não têm conseguido cumprir o seu papel. “Acredito que a falta de apoio dos partidos políticos é um dos principais fatores da baixa representatividade feminina na política. Os partidos precisam realizar ações que estimulem suas filiadas”, pontua. Para a petista, os recursos do Fundo Partidário precisam incentivar a ampliação da bancada feminina e devem ser utilizados em uma política de financiamento de campanhas das mulheres.

Dificuldades
A deputada Mirian Sobreira (PDT) salienta que não é fácil ser mulher e estar na política. “Muitas vezes os próprios partidos não investem, de fato, em candidaturas femininas e só se preocupam em atingir o número mínimo de candidatas para atender à lei”, critica. A parlamentar enfatiza, ainda, a necessidade de as mulheres se fortalecerem, acreditarem e confiarem umas nas outras. “A população cearense é, em sua maioria, formada por mulheres. Então, por que temos tão poucas nos representando? Na própria Assembleia, por exemplo, nós temos 46 deputados e apenas 7 são mulheres”, questiona.

Participação
De acordo com a deputada Bethrose (PMB), a presença feminina nas lideranças de entidades comunitárias e sindicatos também é importante por representar, para muitas mulheres, a porta de entrada na política. “Se fortalecermos a participação feminina nesses espaços, estaremos trazendo mais qualificação para o debate público e abrindo as portas dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário”, destaca.

Presença
Na avaliação da deputada Dra. Silvana (MDB), as mulheres têm tido presença ativa no cenário político, seja no âmbito federal, estadual ou municipal e houve muitos avanços no que concerne à participação na política. “Faço parte de uma geração de mulheres guerreiras, que trabalham, cuidam de suas casas, estudam e acumulam as mais diversas funções. Ainda há muito a se conquistar, mas esse progresso não pode ser deixado passar em branco”, ressalta.

História

A participação das mulheres na vida política tem uma história recente. Há pouco menos de um século, em 24 de fevereiro de 1932, as mulheres conquistaram o direito de escolher seus representantes por meio do voto, após intensa campanha nacional. Em 1995, a legislação eleitoral determinava o percentual mínimo de 20% – posteriormente ampliado para 30% – das vagas de cada partido ou coligação para mulheres. Em 2018, a luta pela maior representatividade feminina nos parlamentos municipais, estaduais e nacional continua.Com informações do OE

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