“Ele (Sérgio Machado) tentava provocar os senadores que estava covardemente gravando. Acho que ele perder os benefícios é a consequência absolutamente lógica dessa
investigação frustrada. Esperamos evidentemente a manifestação do Ministério Público que é quem tem a última palavra sobre o arquivamento do inquérito”.
A avaliação é do advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente José Sarney (PMDB), gravados pelo ex-presidente da Transpetro e, posteriormente, denunciados na Operação Lava Jato, juntamente com o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), igualmente gravado por Machado.
Kakay tem como base o relatório da delegada da Polícia Federal, Graziela Machado da Costa e Silva, entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF), que concluiu que a delação premiada de Sérgio Machado “não foi eficaz”.
De acordo com o relatório, Sérgio Machado teria instigado seus interlocutores “a tratarem de medidas que poderiam significar tentativa de atrapalhar as investigações da Lava-Jato”. Assim, segundo a delegada, o ex-presidente da Transpetro não seria merecedor dos benefícios firmados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e homologados pelo então ministro Teori Zavascki, na época relator da Lava-Jato no STF e morto em janeiro deste ano, após acidente aéreo.
“Concluo que, no que concerne ao objeto deste inquérito, a colaboração que embasou o presente pedido de instauração mostrou-se ineficaz, não apenas quanto à demonstração da existência dos crimes ventilados, bem como quanto aos próprios meios de prova ofertados, resumidos estes a diálogos gravados nos quais é presente o caráter instigador do colaborador quanto às falas que ora se incriminam, razão pela qual entende-se, desde a perspectiva da investigação criminal promovida pela Polícia Federal, não ser o colaborador merecedor, in casu, de benefícios processuais abrigados no Art. 4º da Lei nº 12.850/13”, avaliou a delegada.(Com agências)
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