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sábado, 22 de julho de 2017

POR QUE OS PROTESTOS CONTRA TEMER CONTINUAM VAZIOS?3 HIPÓTESES

Por ipuemfoco   Postado  sábado, julho 22, 2017   Sem Comentários


As manifestações contra peemedebista são muito menores do que as que pediam o impeachment de Dilma Rousseff. O que pode estar acontecendo?
Às vésperas do impeachment, a ex-presidente Dilma Rousseffamargava uma rejeição de 64%, segundo o Datafolha; atualmente, a rejeição ao governo de Michel Temer chega a 69%.

Nesta quinta (20), movimentos de esquerda prometem uma série de atos em diversas cidades brasileiras pela saída de Temer e em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar da presença confirmada do petista, a expectativa é de que os protestos desta quinta não encham as ruas como os atos pelo impeachment de Dilma.

EXAME.com ouviu três cientistas políticos para tentar explicar a aparente apatia dos brasileiros: Cícero Romão, da USP; Paulo Baía, da UFRJ; e Dawisson Lopes, da UFMG.

Uma sondagem do grupo de Pesquisas em Inteligência de Mercado da Abril, em parceria com a MindMiners, também forneceu alguns indicativos, a partir de entrevista com 500 pessoas, de todas as classes sociais e maiores de 18 anos.


CansaçoDe acordo com o professor Paulo Baía, da UFRJ, o momento atual é de uma espécie de ressaca de manifestações.

“Tudo leva a crer que as pessoas têm se manifestado nas redes sociais, que se mantêm informadas sobre a situação política do país, mas ainda não houve um grande catalisador capaz de levá-las às ruas”, disse.

A percepção, no entanto, é de que manifestar-se muda pouca coisa. “O quadro de corrupção não muda com os protestos, e as pessoas acabam exercendo uma revolta individualizada”, opina Baía. Por dentro do assunto: Quais foram as manifestações políticas que reuniram as maiores multidões no Brasil?


Medo

Além da rejeição aos sindicatos, apontada por Dawisson Lopes, da UFMG, e por 43% dos entrevistados na sondagem, uma justificativa específica se destaca: o medo da violência policial.

Ao contrário das manifestações pelo impeachment, nas quais a polícia não interveio, Lopes afirma que nos atos contra Temer e suas medidas é comum que as manifestações sejam dispersadas com gás lacrimogêneo.

Há medo da violência da polícia, discordância das ações dos próprios manifestantes e um outro aspecto mais psicológico: o receio de que novas mudanças piorem ainda mais o cenário político.

“Pode haver uma percepção de que as pessoas foram às ruas, teve o impeachment, mas a situação econômica está delicada, e o resultado de novos protestos pode ser ainda pior”, segundo Cícero Romão, da USP.


Não era a corrupção
Embora a corrupção tenha aparecido na maioria das respostas dos entrevistados na pesquisa da MindMiners, a hipótese de Cícero Romão, da USP, é a de que essa não era exatamente a raiz dos protestos. Na visão dele, o que levou milhares às ruas pelo impeachment de Dilma Rousseff foi o sentimento contra o PT.

“Se fosse contra a corrupção, as mesmas pessoas estariam nas ruas contra o governo Temer também. Acho que na verdade, as classes médias, que normalmente vão às ruas, são muito mais tolerantes a um governo antipetista, qualquer que seja”, afirmou
.EXAME

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