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segunda-feira, 5 de junho de 2017

MAIS DE 318 MIL JOVENS FORAM ASSASSINADOS NO BRASIL ENTRE 2005 E 2015,APONTA PESQUISA

Por ipuemfoco   Postado  segunda-feira, junho 05, 2017   Sem Comentários


Estudo foi realizado pelo Ipea e Fórum Brasileiro de Segurança Pública.Entre 2005 e 2015, mais de 318 mil jovens foram assassinados no país, de acordo com pesquisa
"Atlas da Violência" divulgada nesta segunda-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. No intervalo desses anos, observou-se um aumento de 17,2% na taxa de homicídio de indivíduos entre 15 e 29 anos. Somente em 2015, as mortes de jovens corresponderam a 47,8% do total de óbitos.

O estudo analisa o perfil das vítimas de violência no Brasil e traz dados por estados. O número de homicídios no Brasil se manteve estável em 2015, em proporção semelhante dos dois anos anteriores. Segundo o Ministério da Saúde, nesse ano houve 59.080 mortes. Mas, se considerarmos o período de 2005 a 2015, houve um aumento de 10,6%.

“Tal índice revela, além da naturalização do fenômeno, um descompromisso por parte de autoridades nos níveis federal, estadual e municipal com a complexa agenda da segurança pública”, afirmam os pesquisadores.

Embora tenha se mantido estável, o dado é exorbitante, de acordo com a análise dos pesquisadores. Para dimensionar esse volume, o estudo traz uma comparação: em apenas três semanas o total de assassinatos no país supera a quantidade de pessoas mortas em todos os ataques terroristas no mundo, nos cinco primeiros meses de 2017, incluindo o que ocorreu no show da cantora Ariana Grande, em Manchester. Desde o início do ano, foram 498 atentados que resultaram em 3.314 mortos. No Rio, o número de homicídios caiu 31,6% entre 2005 e 2015.

A pesquisa aponta que o perfil típico das vítimas fatais permanece o mesmo: homens, jovens, negros e com baixa escolaridade. Mas, na última década, o viés de violência contra jovens e negros aumentou ainda mais. Entre 2005 e 2015, enquanto houve um crescimento de 18,2% na taxa de homicídio de negros, a mortalidade de indivíduos não negros diminuiu 12,2%.

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Com relação ao gênero, 4.621 mulheres foram assassinadas no Brasil em 2015, o que corresponde a uma taxa de 4,5 mortes para cada 100 mil mulheres. E, mais uma vez, as diferenças raciais ficaram evidenciadas: enquanto a taxa de homicídios de mulheres não negras diminuiu 7,4%, entre 2005 e 2015, o indicador equivalente para as mulheres negras aumentou 22%.

“Ainda que, em termos de letalidade violenta, as mulheres sejam menos afligidas, este número representa uma pequena ponta do iceberg das centenas de milhares de violências (físicas, psicológicas e materiais) que afligem a população feminina, que são motivadas por uma cultura patriarcal e que passam invisíveis aos olhos da sociedade”, pontua a pesquisa.

ARMAS DE FOGO

De acordo com o estudo, 41.817 pessoas foram mortas por armas de fogo, o que correspondeu a 71,9% do total de homicídios no país.

“Depois de uma redução nas mortes por armas de fogo que se seguiu após o Estatuto do Desarmamento até 2007, observou-se um incremento nas mortes por esse tipo de instrumento nos últimos anos, sobretudo, no Norte e Nordeste do país. Conforme indicam as pesquisas científicas, a difusão das armas de fogo é um elemento crucial que faz aumentar os homicídios. 


Portanto, há a necessidade de se aprimorar o controle de armas no país, não apenas no que diz respeito à operacionalização acerca do que está previsto na Lei, mas ainda pelo desenvolvimento de um trabalho integrado de inteligência policial que envolva os vários níveis governamentais, de modo a restringir os canais que permitem que a arma entre ilegalmente no país, ao mesmo tempo que possibilite a apreensão e destruição das armas que se encontram em circulação no mercado ilícito”, afirma o estudo.

Em 2015, apenas 111 municípios (2% do total de municípios) responderam por metade dos homicídios no Brasil. Em relação aos municípios mais violentos, em 2015, com mais de 100 mil habitantes, Altamira, no Pará, lidera a lista, que tem representantes de Unidades Federativas das cinco regiões brasileiras. Enquanto o Norte e Nordeste possuíam 22 municípios neste ranking, o estado de Goiás participou com quatro municípios.
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