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segunda-feira, 29 de maio de 2017

DENÚNCIA NO TRIBUNA DO CEARÁ SOBRE PROPINA NO GOVERNO CID GOMES GANHA REPERCUSSÃO NACIONAL

Por ipuemfoco   Postado  segunda-feira, maio 29, 2017   Sem Comentários


Levantamento mostra que em 2014, além da Cascavel Couros, do grupo JBS, outras três empresas receberam créditos tributários e doaram para campanhas no CE.

A denúncia sobre esquema de propina em anos eleitorais em troca de créditos tributários feita pelo Tribuna do Ceará ganhou repercussão nacional. A prática, revelada na delação do empresário Wesley Batista, é tratada em manchete do jornal O Globo nesta segunda-feira (29) como uma prática desconhecida de alguns governos estaduais em troca de propina para campanhas política.

Segundo a reportagem, as delações premiadas da Operação Lava Jato mostraram que o esquema era operado em pelo menos cinco estados: Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Ceará.

De acordo com o levantamento do O Globo, o esquema funcionava da seguinte forma: o governo estadual não repassa às empresas os devidos créditos fiscais e deixa o dinheiro dos créditos acumularem. Quando chega o período eleitoral, o governo negocia o pagamento dos créditos atrasados em troca de uma “contribuição” para a campanha política, ou seja, a máquina pública repassa o valor em débito e o político lucra, por fora, com a propina para as eleições.

O conteúdo das delações de Wesley Batista que citam o ex-governador Cid Gomes mostra que o pagamento dos créditos tributários só era liberado caso houvesse o repasse extra dos empresários. Em vídeo de depoimento, Wesley Batista relata episódios ocorridos no Ceará em 2010 e 2014. Segundo ele, foram pagos R$ 24,5 milhões a Cid Gomes e a pessoas apontadas por ele.

A JBS é dona da empresa Cascavel Couros. Em 2010, conforme Wesley, a empresa pagou propina de R$ 4,5 milhões a Cid para receber os créditos. Porém, nos anos seguintes, os pagamentos foram suspensos e acumularam novamente, até que, em 2014, Cid teria enviado o então secretário da Casa Civil Arialdo Pinho e o ex-deputado federal, Antônio Balhmann para negociar o esquema de propina. Na ocasião, o pagamento de R$ 110 milhões em créditos fiscais só foram pagos mediante o repasse de R$ 20 milhões para campanha eleitoral naquele ano – contou Wesley em depoimento prestado em 4 de maio de 2017.

Outras empresas no Ceará
Um levantamento da TV Jangadeiro apurou que em 2014, durante o governo de Cid Gomes, além da Cascavel Couros, do grupo JBS, outras três empresas receberam créditos do Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI) e, pouco depois, também doaram valores altos para a campanha eleitoral do sucessor de Cid Gomes.

Na reportagem do O Globo, são mostrados casos semelhantes. Na delação dos executivos da empreiteira Odebrecht, foram relatados esquemas no Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Já na delação da JBS, os mesmo ocorreu em Minas Gerais, durante governo de Aécio Neves, e no Ceará. Também foi relatado um esquema parecido na esfera federal, mais precisamente na unidade da Receita em São Paulo. Somados, os casos envolvem pagamento de R$ 198,65 milhões em propina para a liberação de R$ 3,177 bilhões em créditos fiscais.
TRIBUNADOCEARÁ

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