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segunda-feira, 1 de maio de 2017

CIRO GRITA 'FORA TEMER', MAS MANTÉM PDT COM BOQUINHA FEDERAL EM ALAGOAS

Por ipuemfoco   Postado  segunda-feira, maio 01, 2017   Sem Comentários

Aproveitando a oportunidade para tentar turbinar sua campanha presidencial antecipada, o ex-governador do
Ceará, Ciro Gomes (PDT), participou dos protestos contra as
reformas trabalhista e previdenciária, na capital de Alagoas, nessa sexta-feira (28). 

Antes de gritar “Fora Temer” no Centro, o vice-presidente nacional do PDT participou de uma convenção partidária e ouviu, com naturalidade, o discurso do ex-presidente municipal de sua sigla em Maceió, Israel Lessa, que ainda ocupa espaço de destaque no governo de Michel Temer (PMDB), no cargo de superintendente do Ministério do Trabalho em Alagoas.

Reconhecido na multidão, durante o ato público, Ciro Gomes defendeu os direitos dos trabalhadores, classificando como cruel as propostas de Michel Temer para as reformas. 


Mas ignora o fato de a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Alagoas (SRTE) ter ficado conhecida como a “casa do terror”, por violentar as condições de trabalho, dos próprios servidores, e de atendimento ao trabalhador fragilizado em tempos de crise. 

Tudo isso sob a gestão do pedetista que é vogal do PDT de Alagoas.

O Ministério do Trabalho, representado pelo PDT de Ciro Gomes em Alagoas, não cumpre, desde o ano de 2011, uma determinação judicial para reformar o prédio tomado por infiltrações, mofo e riscos de curto-circuito e, consequentemente, incêndio. 


E, há dez dias, o Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social de Alagoas (Sindprev/AL) formalizou representação em que pede a interdição do prédio ao Ministério Público Federal em Alagoas (MPF).

As condições do prédio vêm deteriorando, porque o superintendente Israel Lessa não tem tido sucesso em suas tentativas de resolver o problema, junto ao Ministério do Trabalho. Por isso, os servidores da SRTE e o Sindprev vêm se esforçando, paralisando as atividades e pressionando Israel Lessa.

O presidenciável do Partido Democrático Trabalhista passou por Maceió, tirou selfies na multidão, discursou na imprensa por manutenção de direitos para o trabalhador. Mas não viu as condições cruéis de trabalho que o seu partido é incapaz de resolver, no órgão que tem papel de fiscalizar e preservar as condições de trabalho em Alagoas.

Ciro Gomes também parece que não viu outra crueldade de seu partido contra os trabalhadores de Alagoas, quando o ex-dirigente do PDT de Maceió, Israel Lessa, tentou agredir o sindicalista Célio dos Santos, diante de cobranças pelo cumprimento dos direitos trabalhistas no interior da SRTE, durante assembleia de servidores que discutia uma solução para o descaso. 


Notícia veiculada com exclusividade pelo Diário do Poder, há uma semana, e Lessa prometeu pedir desculpas ao presidente do Sindprev em Alagoas.

“Achei que era o meu dever ir pra rua, como forma de solidariedade, como brasileiro, como quem lutou a vida inteira pelo trabalhador”, disse Ciro Gomes, em entrevista ao portal Gazetaweb, no intervalo entre fotografias com supostos “eleitores-fãs”.

Talvez, se fosse adequar seu discurso à coerência política, exigiria que seu colega de PDT entregasse o cargo, no governo do presidente da República que já foi chamado pelo ex-governador do Ceará de “capitão do golpe”.

Quando conversou com o Diário do Poder, há uma semana, sobre a confusão e o problema na sede do órgão que administra para Temer em Maceió, Israel Lessa disse que sua paciência havia esgotado, que o problema que o consumia era, na realidade, o ministro Ronaldo Nogueira era quem deveria resolver, pois já havia cumprido com sua parte no processo.

O que não esgotou ainda em todo este contexto foi a distância quilométrica entre a prática e a retórica de Ciro, de Israel Lessa, e de seu primo e padrinho político, o ex-governador alagoano Ronaldo Lessa (PDT-AL), que coordena a bancada federal na Câmara dos Deputados e votou contra o impeachment de Dilma Rousseff (PT), no ano passado.

INDICAÇÃO FOI 'HERDADA'

Como resposta aos questionamentos feitos ao superintendente do Trabalho em Alagoas, no início da manhã, pelo Diário do Poder, Israel Lessa enviou, na tarde deste sábado (29), declarações do presidente estadual do PDT, Ronaldo Lessa, em que o deputado afirma que apesar de o pedetista continuar no cargo do governo Temer ele deixou de ser uma indicação do PDT, para ser uma indicação da bancada federal alagoana no Congresso Nacional.

Ronaldo Lessa argumenta que, por ocasião da primeira votação do impeachment, ano passado, o PDT determinou que todos os deputados da sigla entregassem os cargos ao então governo interino de Michel Temer.

“E eu fiz isso à bancada. E disse que, por determinação do partido, a superintendência do Trabalho estava liberada para distribuição de cargos. No entanto, por unanimidade, a bancada decidiu manter o Israel na superintendência, dizendo que eu podia comunicar ao Carlos Lupi [presidente nacional do PDT], que a indicação era da bancada e não do PDT. Por isso que o Israel continua sendo o superintendente do Trabalho aqui em Alagoas”, disse o deputado Ronaldo Lessa.

Ao afirmar que seu indicado mudou o apadrinhamento, mas não largou o cargo, Ronaldo Lessa lembrou que, evidentemente, governo Temer pode fazer a mudança na hora em que quiser, bem como a bancada pode fazer isso. 


E ressaltou que a indicação, atual, não é de Ronaldo Lessa, mas da bancada alagoana.

“Evidentemente, o cargo é da bancada, que decide a hora que quiser. O Ciro [Gomes] nunca pediu esse cargo, nem eu nunca pedi esse cargo. O cargo foi mantido pelo trabalho que o Israel está fazendo pelo Estado de Alagoas. Aliás, a gente pode fazer uma matéria mostrando como melhorou o desempenho do Ministério do Trabalho aqui”, disse Ronaldo Lessa.

Segundo o superintendente Israel Lessa, a resposta de seu primo seria também um posicionamento seu e do partido.

Sobre o trâmite da resolução dos problemas do prédio, Israel Lessa disse ao Diário do Poder que obteve da assessoria do Secretário Executivo do Ministério do Trabalho, Antônio Correia, a confirmação de que uma equipe técnica da área de engenharia do MTE estará em Alagoas na próxima terça-feira (2), para avaliar as condições do prédio e tomar uma decisão. A posição é a mesma dada há uma semana e foi adiada por problemas burocráticos, mais uma vez. 

"O problema foi a questão do regramento das diárias para a vinda dos técnicos, que exige prazo mínimo de dez dias úteis. Mas essa comissão vai estar aqui, para decidir o que vai ser implementado sobre reforma da sede e se será alugado novo espaço. Minha parte já foi feita", afirmou.

O Diário do Poder entrou em contato com a assessoria de Ciro Gomes e aguarda seu posicionamento sobre os temas
.DIÁRIODOPODER

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