A temperatura política em Brasília está prestes a subir ainda mais nos próximos dias com a apresentação de nova lista de
denunciados à justiça pelo gabinete do Procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
denunciados à justiça pelo gabinete do Procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
É esperado que nomes importantes do cenário político, com direito a foro privilegiado, integrem a relação que o Ministério Público encaminhará, a primeira com base nas delações premiadas do grupo de 77 executivos da Construtora Odebrecht. Do governo à oposição, mais uma vez todos os segmentos deverão estar representados.
Desde a homologação das delações, pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmém Lúcia, Janot e sua equipe permanecem debruçados sobre o conteúdo do que foi apresentado pelos executivos da Odebrecht.
A ideia é de repetir a lógica de etapas anteriores, distribuindo as denúncias por blocos, cada um deles relacionados a um fato. No Palácio do Planalto e no Congresso, o clima é de muita apreensão.
Mesmo que Rodrigo Janot tenha redobrado esforços para evitar vazamentos, indica-se como certo a inclusão de nomes de peso do atual governo.
Dentre eles Moreira Franco, que adquiriu foro privilegiado em medida recente do presidente Michel Temer, questionada na justiça, inclusive, e Eliseu Padilha, de licença médica da chefia da Casa Civil decido a intervenção cirúrgica.
Outros nomes dados como certos na lista, no âmbito do Congresso, são os dos senadores tucanos José Serra, que deixou na semana passada o Ministério das Relações Exteriores, e Aécio Neves, presidente da executiva nacional do PSDB.
Sob sigilo
O conjunto de depoimentos dos executivos da Odebrecht está protegido pelo sigilo judicial sobre o qual há uma expectativa, também, de que Janot solicite ao STF que pelo menos uma parte seja levantada.
É exatamente pelo conteúdo conhecido do que disseram em depoimentos ao Ministério Público, na fase de negociação das delações, que nomes de parlamentares e integrantes do goverbno Temer apareceram. No total, estima-se que mais de 100 autoridades foram citadas, mesmo que uma parte deva ser desconsiderada nas denúncias em razão de inconsistências.
Da mesma forma que nas hostes governistas e de aliados, a nova lista de Rodrigo Janot preocupa também nos lados da oposição e, em especial, aos petistas. É quase certo que os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, sejam listados já que seus nomes teriam aparecido nos depoimentos de Marcelo Odebrecht, principal, executivo da empreiteira.
Também parlamentares do partido, no Senado e Câmara, deverão aparecer nas denúncias, já que as delações premiadas demonstram que as ações criminosas desenvolvidas a partir das relações políticas envolviam praticamente todas as agremiações.
Padilha internado
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, permanece internado no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Segundo boletim médico divulgado no sábado, ele segue em melhora progressiva e não há previsão de alta.
No dia 27 de fevereiro, Padilha se submeteu a cirurgia para corrigir um problema de obstrução urinária, provocada por uma hiperplasia prostática benigna, condição caracterizada pelo aumento da próstata. Em setembro, o ministro, que tem 71 anos, foi internado por problemas de pressão. O próximo boletim médico será divulgado hoje.
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