demonstraram preocupação em relação às possíveis
consequências da operação Carne Fraca, da Polícia Federal, no consumo interno e externo de proteínas.
O governo de Mato Grosso realizou ainda na sexta-feira uma reunião emergencial com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), representantes do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea-MT) e do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac).
Os representantes devem se reunir novamente na próxima semana com todo o setor para "tratar das ações pertinentes que devem ser tomadas para a preservação dos mercados internacionais", afirmou o governo.
Em nota, a Sedec disse também que os reais impactos ainda não podem ser totalmente avaliados, "pois dependem da postura dos países compradores da carne brasileira".
Em Mato Grosso do Sul, o governo do Estado disse que está preocupado com a repercussão negativa que a operação pode surtir no mercado consumidor.
"Como um dos maiores produtores e exportadores de carne bovina do país, Mato Grosso do Sul pode ser seriamente prejudicado caso os fatos não sejam claramente esclarecidos e pairem dúvidas nos consumidores", disse o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck.
O secretário criticou a forma como a operação está sendo divulgada. "A forma de divulgação das notícias tem apresentado o problema maior que ele é", disse.
Ele, no entanto, defendeu a tomada de medidas rápidas para dar segurança e para que o Brasil não corra o risco de perder mercados internacionais.
O secretário sul-mato-grossense deve ir para Brasília na terça-feira (21) para buscar informações adicionais junto ao Ministério da Agricultura e verificar quais ações podem ser adotadas no Estado "para que o Mato Grosso do Sul, como importante exportador, não tenha impactos negativos na cadeia produtiva bovina".
Em 2016, Mato Grosso foi responsável por 15,4% das 29,67 milhões de cabeças de bovinos abatidas no Brasil. Em segundo lugar, Mato Grosso do Sul teve 11,1% de participação nesta produção.CORREIOBRAZILIENSE
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