"Uma ponte para o futuro". Esse mote lançado ano passado pelo PMDB, partido do presidente da República Michel Temer, terá sua estrutura literalmente testada neste mês de março.
O presidente retornou a Brasília nesta quarta-feira, 01, após quatro dias de deacanso na base naval de Aratu, na Bahia, e terá pela frente alguns desafios.
Vários eventos vão colocar em cheque-mate o governo de coalizão encabeçado pelos peemedebistas iniciado em maio de 2016.
CASSAÇÃO À VISTA?
O primeiro desafio é tentar resolver a questão que envolve a chapa Dilma-Temer (ou o antigo casamento PT-PMDB).
No auge do carnaval, dia 22, o.ministro. Benjamin Carvalho, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pediu a cassaçao3 da chapa. A decisão pode levar ao afastamento definitivo de Michel Temer do Palácio do Planalto.
Os advogados do peemedebista já anunciaram que vão tentar protelara decisão. A ideia é empurrar o assunto até o final de 2018.
MULHERES PROTESTAM
Depois do "Fora Temer", que ecoou no carnaval de rua de várias cidades do Pais, uma enxurrada de manifestações populares pretendem abalar o governo este mês.
A primeira está marcada para a próxima quarta-feira, 8 - Dia Internacional da Mulher, quando movimentos sociais vão protestar contra a Reforma da Previdência, em especial contra a idade mínima para aposentadoria das mulheres.
CENTRAIS DE TRABALHADORES
No dia 15, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) vai às ruas, reforçada pela Força Sindical, do deputado Paulinho Pereira (SD-SP), aliado do governo.
O protesto será contra as reformas da Previdência e Trabalhista.
NOME PARA O ITAMARATY
Temer tem também que resolver problemas internos dos seu governo, relacionados ao seu ministério.
O primeiro é definir o novo ministro das Relações Exteriores - Palácio Itamaraty, para o lugar do senador José Serra,que pediu pra sair antes do carnaval por problemas de saúde.
Os mais cotados são o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e o embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Sérgio Amaral.
PADILHA E A LAVA JATO
Outro problema ministerial está na Casa Civil. Dois dias depois da saída de Serra, o ministro Eliseu Padilha pediu licença do cargo para tratamento médico (cirurgia da próstata, feita na segunda de carnaval, em Porto Alegre).
Padilha é um dos ministros de Temer citado das delações premiadas dos executivos da Odebrect - foi citado pelo empresário José Yunes, numa transação envolvendo o PMDB nas eleições de 2014. Outro ministro arrolado na Operação Lava Jato é Moreira Franco (Secretária Geral da Presidência), além de Bruno Araújo (Cidades) e Marcos Pereira (Desenvolvimento e Indústria).
PONTE OU PINGUELA
Março, portanto, mês de muita chuva em todo o País (e chuvas de protesto), será decisivo para testas se o governo proposto pelo PMDB é um ponte segura até 2018, ou apenas uma "pinguela" (pontezinha de pau, comum no interior).(Por Gil Maranhão - Agência Política Real. Edição: Genésio Jr.)
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