O governador Camilo Santana parece não ter pretensão realmente de viver dias de paz com o Partido dos Trabalhadores.
“A grande arte é mudar durante a batalha. Ai do general que vai para o combate com um esquema.” Napoleão Bonaparte
O governador Camilo Santana parece não ter pretensão realmente de viver dias de paz com o Partido dos Trabalhadores.
Esta semana, em entrevista ao O POVO, o chefe do executivo cutucou onça com vara curta ao defender uma dobradinha para 2018, Ciro Gomes/Fernando Haddad. As reações internas no PT foram as mais diversas.
Uns preferiram atacar a sugestão do governador, outros contemporizaram, botaram panos mornos.
O certo é que Santana mexeu num cenário que parecia quieto, modorrento. A impressão que se tem é que existe entre o governador e o seu partido um descompasso que torna a convivência apenas respirável. Falta entre eles sintonia, como se um não tivesse nada a ver com o outro.
São muitos os exemplos de conivência apenas de aparências. É certo que Camilo Santana não consultou as instâncias partidárias quando resolveu nomear o tucano bico grosso Maia Júnior para a pasta do Planejamento.
A pequena reforma do secretariado também passou ao largo da influência partidária. O núcleo duro do governo não tem petistas históricos. O governador tem apenas um oráculo, o pai Eudoro Santana.
O ex-deputado é uma espécie de eminência parda do governo e mantém influência considerável sobre decisões chave do executivo.
Hoje não dá para saber a que partido realmente o governador esteja ligado ideologicamente. Aliás, Camilo Santana não está nem aí para doutrina partidária, nem tampouco para ideologia política. Ideologicamente ele é uma figura amorfa.
Com o diria o Maluf, esquerda e direita para o titular do Abolição é apenas sinal de trânsito. Nada, além disso.
A exemplo de Lúcio Alcântara, Camilo Santana não formou grupo político. Não existe deputado “camilista” como houve no passado “virgilista”, “gonzaguista”, “tassista” e “cirista”.
Na Assembleia, os parlamentares permanecem fieis ao executivo e não ao governador. Influência mesmo sobre os deputados mantêm Ciro e Cid.
Os irmãos são ouvidos para todos os passos que devem adotar os peões da base governista. Camilo é aquele rapaz bom que todo mundo respeita, mas ninguém põe o pescoço na forca por ele.
Portando-se assim é difícil saber até que ponto o governador terá força para comandar o processo sucessório do ano que vem. Ou de agente principal ou de mero espectador da cena política.
O certo é que o jogo já está sendo jogado. Quem não se posicionar no tabuleiro poderá levar xeque mate. De quem são as pedras brancas não se sabe.
*Francisco Bezerra,
Jornalista, radialista e professor.FONTE;ELIOMARDELIMA
O governador Camilo Santana parece não ter pretensão realmente de viver dias de paz com o Partido dos Trabalhadores.
Esta semana, em entrevista ao O POVO, o chefe do executivo cutucou onça com vara curta ao defender uma dobradinha para 2018, Ciro Gomes/Fernando Haddad. As reações internas no PT foram as mais diversas.
Uns preferiram atacar a sugestão do governador, outros contemporizaram, botaram panos mornos.
O certo é que Santana mexeu num cenário que parecia quieto, modorrento. A impressão que se tem é que existe entre o governador e o seu partido um descompasso que torna a convivência apenas respirável. Falta entre eles sintonia, como se um não tivesse nada a ver com o outro.
São muitos os exemplos de conivência apenas de aparências. É certo que Camilo Santana não consultou as instâncias partidárias quando resolveu nomear o tucano bico grosso Maia Júnior para a pasta do Planejamento.
A pequena reforma do secretariado também passou ao largo da influência partidária. O núcleo duro do governo não tem petistas históricos. O governador tem apenas um oráculo, o pai Eudoro Santana.
O ex-deputado é uma espécie de eminência parda do governo e mantém influência considerável sobre decisões chave do executivo.
Hoje não dá para saber a que partido realmente o governador esteja ligado ideologicamente. Aliás, Camilo Santana não está nem aí para doutrina partidária, nem tampouco para ideologia política. Ideologicamente ele é uma figura amorfa.
Com o diria o Maluf, esquerda e direita para o titular do Abolição é apenas sinal de trânsito. Nada, além disso.
A exemplo de Lúcio Alcântara, Camilo Santana não formou grupo político. Não existe deputado “camilista” como houve no passado “virgilista”, “gonzaguista”, “tassista” e “cirista”.
Na Assembleia, os parlamentares permanecem fieis ao executivo e não ao governador. Influência mesmo sobre os deputados mantêm Ciro e Cid.
Os irmãos são ouvidos para todos os passos que devem adotar os peões da base governista. Camilo é aquele rapaz bom que todo mundo respeita, mas ninguém põe o pescoço na forca por ele.
Portando-se assim é difícil saber até que ponto o governador terá força para comandar o processo sucessório do ano que vem. Ou de agente principal ou de mero espectador da cena política.
O certo é que o jogo já está sendo jogado. Quem não se posicionar no tabuleiro poderá levar xeque mate. De quem são as pedras brancas não se sabe.
*Francisco Bezerra,
Jornalista, radialista e professor.FONTE;ELIOMARDELIMA
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