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domingo, 22 de janeiro de 2017

LAMENTO; PETISTAS NÃO VOTAM EM CIRO EM 2018

Por ipuemfoco   Postado  domingo, janeiro 22, 2017   Sem Comentários


Decepcionado com a postura dos deputados federais do PCdoB, que optaram por votar em Rodrigo Maia, do DEM do Rio de janeiro para continuar presidindo a Câmara dos
Deputados, a partir de fevereiro vindouro, e já antevendo que os deputados petistas farão o mesmo, o deputado cearense André Figueiredo (PDT) deu uma longa entrevista ao jornalista Daniel Carvalho, hoje publicada no jornal Folha de S.Paulo, onde expressa sua decepção com os representantes dos partidos aliados na defesa do Governo Dilma Rousseff, acabado no ano passado com o impeachment da presidente.

Além do lamento do deputado por ter sua candidatura à presidência da Câmara dos Deputados enfraquecida, e antecipadamente derrotada, as manifestações do PCdoB e do PT, favoráveis a Rodrigo Maia, antecipa um posicionamento em relação à disputa presidencial do próximo ano, quando o PDT espera ter o apoio dos representantes das duas siglas à postulação de Ciro Gomes, nome que o partido trabalha, nacionalmente, já há algum tempo.

Tudo indica que o PT terá candidato à presidência em 2018, Num passado, não muito distante, Ciro Gomes, estimulado por Lula a ser candidato a governador de São Paulo, chegou até a mudar o seu domicílio eleitoral de Fortaleza para a Capital paulista, mas foi descartado pelos petistas e a pretensa candidatura acabou não existindo e ele teve de voltar a ter domicílio eleitoral no Ceará.

Leia a entrevista de André Figueiredo na Folha de S.Paulo desta sexta-feira:

Trocam princípios por cargo, diz André Figueiredo, sobre eleição na Câmara
DANIEL CARVALHO
DE BRASÍLIA

Folha – Dizem que o senhor foi “convencido” a disputar. Não queria?

André Figueiredo – No primeiro momento, eu realmente resisti à tese de lançar uma candidatura do PDT, até porque achava que o PT iria lançar uma candidatura como maior partido da oposição. 

Não lançando, começaram deputados do próprio PT a instigar o PDT a apresentar uma opção. Conversei com vários parlamentares do PT, do PC do B, da Rede e do PSOL e tivemos a expectativa de que, já num primeiro momento, pudéssemos apresentar uma candidatura que representasse a unidade do nosso campo político. 

Não sei o que levou o PT a ter essa hesitação, talvez por parte de alguns setores ou de alguns parlamentares tanto do PT como do PC do B mais pragmáticos, que talvez estejam defendendo a ocupação de um espaço na Mesa em detrimento da coerência com seus princípios.

O apoio a candidatos que apoiaram o impeachment frustra o senhor?

É frustrante não para mim. É frustrante para quem confia nesses partidos, para quem veste a camisa deles. É absolutamente lamentável alguns parlamentares realmente defenderem a tese de que é necessário trocar seus princípios por cargos. 

Isso é um absurdo e rechaçamos qualquer hipótese disso. Movimentos sociais que têm uma identidade com PT e PC do B não aceitarão a possibilidade de que esses partidos tomem a decisão de caminhar ao lado de candidatos da linha de frente do golpe.

Apoiar uma candidatura governista pode ser um tiro no pé para partidos de esquerda?

É o esfacelamento da história do PT, do PC do B. Você ter a opção de votar num candidato que representa a história e os princípios do nosso campo e acabar votando num candidato que representa justamente aquilo que combatemos, é um grande tiro no pé. Têm uma opção que foi instigada por eles mesmos. Não foi ideia do PDT.

O senhor chegou a conversar com o ex-presidente Lula sobre sua candidatura?

Conversei com a [ex] presidenta Dilma [Rousseff], e o Lupi [presidente nacional do PDT] falou com o Lula. Ela considera verdadeiramente um absurdo o PT apoiar um candidato que tenha participado ativamente [do impeachment].

Em que termos Lupi conversou com Lula?

Nos termos de que seria inadmissível. Mas as notícias recentes mostram que ele [Lula] deu o aval [para o PT apoiar Maia].

Como seria sua relação com o Executivo?

Respeitosa. Michel Temer foi presidente da Câmara e sabe como agir com o Legislativo sem necessariamente colocar a faca no pescoço.

Como vai tratar a agenda econômica do governo?

A reforma tributária é uma necessidade do Brasil. O que precisamos é, dentro deste processo, tributar quem ganha muito.

O sr. pautaria a reforma trabalhista?

Vamos pautar, mas não vamos votar no afogadilho. Não vamos embarreirar nenhum projeto oriundo do Poder Executivo. Mas vamos discutir com muita exaustão qualquer projeto que complique as gerações atuais e as gerações futuras e, principalmente, projetos que tirem direitos dos trabalhadores.

E a anistia para caixa dois?

Não é nosso projeto. Não queremos corroborar anistia a qualquer tipo de crime.

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