Policiais federais cumprem, na manhã desta quinta-feira (27), mandados judiciais em três Estados e no Distrito Federal, na 11ª fase da Operação Acrônimo. As ações de hoje investigam fraude em contratações nos ministérios da Saúde, das Cidades e do Turismo, entre 2011 e 2012. Um caso envolvendo licitações da Universidade Federal de Juiz de Fora também é apurado.
Um dos alvos é o empresário Benedito Oliveira, conhecido como Bené, que está em prisão domiciliar. Ele foi levado a depor por supostamente estar escondendo informações mesmo após ter fechado o acordo de delação premiada.Bené é investigado desde o início da Acrônimo, em 2015.
Também foi alvo desta fase da operação Marcier Trombieri, ex-chefe de comunicação do Ministério da Saúde.
A Operação Acrônimo investiga um esquema de lavagem de dinheiro em campanhas eleitorais envolvendo gráficas e agências de comunicação. O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), é suspeito de ter utilizado os serviços de uma gráfica durante a campanha eleitoral de 2014 sem a devida declaração dos valores e de ter recebido "vantagens indevidas" do proprietário dessa gráfica, o empresário Benedito Oliveira. Pimentel vem negando as acusações desde que o início das investigações.
A 11ª fase se baseia em dois inquéritos policiais que apuram eventos distintos da investigação. Um deles refere-se à cooptação e pagamento de vantagens indevidas para que empresa de publicidade elaborasse campanhas educativas do Ministério da Saúde, Ministério das Cidades e Ministério do Turismo nos anos de 2011 e 2012.
O outro caso desta fase é uma suposta fraude em licitação da Universidade Federal de Juiz de Fora, vencida pela gráfica de um dos investigados, de acordo com as investigações. Posteriormente, segundo a polícia, o Ministério da Saúde utilizou a mesma ata de licitação fraudada.G1
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