No Ceará, quase 500 processos de clonagem de placas de carros estão em análise, entre casos de janeiro de 2015 a junho de 2016. Só este ano, no primeiro semestre,
foram 100 novos casos suspeitos. O trabalho de análise é realizado por uma comissão do Departamento Estadual de Trânsito do Ceará (Detran), que afirma ser o único no país com uma comissão só para analisar casos de clonagem e fazer a troca da placa.
O superintendente adjunto do Detran, Daniel Barreto, orienta que, para provar a clonagem, é preciso seguir um passo a passo. Registrar um boletim de ocorrência é a primeira atitude, já que essa é uma investigação da polícia. Depois, o motorista deve ir ao Detran abrir um processo administrativo.
É necessário reunir a documentação do carro e, se possível, provas de que houve a fraude. "Mesmo que não tenha provas robustas, que às vezes é complicado mesmo, mas que faça esse registro no Detran para que seja apurado, porque dentro das próprias ferramentas do Detran a gente pode apurar também se está acontecendo efetivamente essa clonagem”.
Seis pessoas, entre peritos e advogados, analisam a documentação. É preciso fazer uma vistoria detalhada no veículo para ter certeza que se trata do original. Se o clone for apreendido pela polícia, não é necessário trocar a placa.
"Isso é um assunto muito grave. Trocar a identificação de um veículo é como se eu trocasse o nome de uma pessoa. É um processo que precisa ser bem apurado, porque é uma janela para fraude também. Essa é a preocupação e, muitas vezes, é por isso que demora um pouco, porque a prova é complexa”, descreve Daniel Barreto.
Sete erros do clone
O dentista Laurindo Mesquita conta que foi vítima de uma clonagem. Ele lembra ter recebido uma ligação de um homem querendo comprar o carro, que não estava à venda. Logo depois, começaram a chegar as multas supostamente cometidas no Maranhão. “Eu estava viajando, com meu carro parado, e sendo multado no Maranhão. Recebi três multas de uma vez só, fiz recurso, todos os meus recursos foram negados".
O carro com as placas clonadas chegou a ser parado em uma blitz, e foi mostrado em uma reportagem na televisão – um carro quase igual, com as mesmas características e documentação. Laurindo chegou a listar sete erros que diferenciavam o carro dele do clone: friso lateral, sensor de estacionamento, câmera de ré, uma batida na parte da frente, tom do fumê e dois adesivos.
Ele diz ter dado entrada em março com uma reclamação. O Detran informou que o carro clonado foi apreendido pela Polícia Rodoviária Federal no Maranhão. Por isso, a placa do veículo original não precisa ser trocada. Duas multas da própria PRF foram analisadas e anuladas.G1
O carro com as placas clonadas chegou a ser parado em uma blitz, e foi mostrado em uma reportagem na televisão – um carro quase igual, com as mesmas características e documentação. Laurindo chegou a listar sete erros que diferenciavam o carro dele do clone: friso lateral, sensor de estacionamento, câmera de ré, uma batida na parte da frente, tom do fumê e dois adesivos.
Ele diz ter dado entrada em março com uma reclamação. O Detran informou que o carro clonado foi apreendido pela Polícia Rodoviária Federal no Maranhão. Por isso, a placa do veículo original não precisa ser trocada. Duas multas da própria PRF foram analisadas e anuladas.G1
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