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segunda-feira, 12 de setembro de 2016

71% DEFENDEM USO DE ARMA DE FOGO PELA GUARDA MUNICIPAL

Por ipuemfoco   Postado  segunda-feira, setembro 12, 2016   Sem Comentários


O uso de armas de fogo pela Guarda Municipal de Fortaleza é apoiada por 71% dos entrevistados pela pesquisa O POVO/Datafolha. O tema tem sido dos mais polêmicos do debate eleitoral. Entre os entrevistados, 24% são contra o uso de armas letais pela Guarda. Outros 3% disseram ser indiferentes e 2% não souberam responder.

Os candidatos a prefeito se dividem. Quatro são contra o uso de armas letais pela Guarda, dois são a favor, um defende o armamento parcial e um não se manifestou.

Para o vendedor Flávio Lourenço, 33, um dos questionamentos sobre armar a Guarda, além do preparo técnico dos agentes, é sobre o custo. “Vimos, há poucos meses, manifestação para que chamassem os guardas municipais que passaram no concurso. Como vai se pagar as armas, a munição e o treinamento?”, indagou. Porém, Flávio considera que, se for viável, a medida contribuirá para o combate à criminalidade.

A atendente Marlene Aquino, 42, reconhece o armamento da Guarda como ação “muito boa”, pois representaria segurança para a população e para os guardas. “Os bandidos recuariam de muitas ações sabendo que aquele guarda estaria armado”, diz.

Busca de resposta

Professor do departamento de Filosofia da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Francisco Luciano Teixeira Filho afirma que a iniciativa serve como resposta à insegurança. “É absolutamente razoável que, diante de um quadro de urgência no que tange à segurança, as pessoas sintam necessidade de uma Guarda ostensiva. Mas, a maioria não sabe como isso funcionaria”, acredita.

“O poder público não pode ser levado a essas impressões. Armar a Guarda sem estudos, sem cuidado, pode ser uma atitude terrível”. Para o professor, a justificativa de proteção para a própria categoria pode ser equivocada. “Índices de morte de guardas são irrisórios. Armados, eles podem passar a adentrar conflitos em nível mais elevado, podendo ser alvo das milícias urbanas”.

O Datafolha ouviu 816 pessoas nos dias 8 e 9 de setembro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Os fortalezenses e o medo
Pesquisa O POVO/Datafolha aferiu a relação dos fortalezenses com o medo. Os números mostram como a sensação de insegurança nos diferentes segmentos

SEXO

As mulheres afirmam sentir mais medo que os homens em todas as situações pesquisadas.

80% delas dizem ter muito medo de serem assaltadas na rua. Entre os homens, o percentual é de 63%.


14% dos homens dizem não ter nenhum medo de serem assaltados na rua. As mulheres que afirmam não ter esse receio são 7%.

EDUCAÇÃO

O medo de assaltos na rua é maior entre os que têm ensino superior. São 77% dos que têm nível universitário que afirmam ter muito medo desse tipo de crime, enquanto 6% dizem não ter medo algum.

Entre os fortalezenses com nível fundamental, são 73% os que dizem ter muito medo de muito medo de assalto. Entre os que têm ensino médio, são 70%. E, nessas faixas, os que dizem não ter medo algum são 12% e 11%, respectivamente.


USO DE ARMA DE FOGO PELA GUARDA

O apoio ao uso de armas pela Guarda Municipal é um pouco menor entre os que têm maior renda e mais escolaridade, embora seja majoritário também nesses segmentos.

Dos que têm ensino superior, 65% defendem o uso de armas pela Guarda. Nas demais faixas educacionais, a aprovação é de 73%.

No quesito renda, quanto menor a faixa salarial, maior o apoio ao uso de armas de fogo pela Guarda.

Entre os que têm renda superior a cinco salários mínimos, 60% defendem o uso de armas pela Guarda. No segmento com renda entre dois e cinco salários mínimos, o índice sobe para 72%. Entre os que ganham até dois salários mínimos, são 74%.

RESPONSABILIDADE

As mulheres são mais favoráveis a que o prefeito seja o principal responsável pela segurança pública.

As mulheres são mais favoráveis a que o prefeito seja o principal responsável pela segurança pública.

Entre os homens, 48% acham que o governador deve ser o maior responsável pela segurança. Entre as mulheres, o índice cai para 39%.

O que pensam os candidatos

A posição dos candidatos a prefeito de Fortaleza sobre permitir ou não o uso de armas de fogo pela Guarda Municipal. Quatro candidatos são contra, dois são a favor. Um defende armamento parcial e um não se posicionou

Roberto Cláudio (PDT)
Em sua gestão, a Prefeitura encomendou estudo sobre armar a Guarda Municipal, cujo resultado ainda não foi divulgado


Capitão Wagner (PR)
Defende que a Guarda Municipal use arma de fogo e receba treinamento para o uso

Luizianne Lins (PT)
É contra liberar o uso de armas de fogo pela Guarda Municipal

Heitor Férrer (PSB)
É contra liberar o uso de armas de fogo pela Guarda Municipal

Ronaldo Martins (PRB)
É a favor de armar a Guarda Municipal com instrumentos letais

João Alfredo (Psol)
É contra liberar o uso de armas de fogo pela Guarda Municipal

Gonzaga (PSTU)
É contra liberar o uso de armas de fogo pela Guarda Municipal

Tin Gomes (PHS)
Defende armamento de parte da Guarda Municipal, a depender das funções.OPOVO

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