Em um inquérito, o oficial de Justiça informou que não consegue localizar o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE) para entregar a intimação.
Investigados pela Lava Jato sob suspeita de receber propina do esquema de desvios da Petrobras, dois deputados geraram reação das autoridades por atrasar as investigações que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) .
Em um inquérito, o oficial de Justiça informou que não consegue localizar o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE) para entregar a intimação. Segundo a Folha de S. Paulo, em outro caso, os peritos da Polícia Federal disseram que o parlamentar Dudu da Fonte (PP-PE) não compareceu a uma exame de voz.
No processo em que Aníbal já foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) por suposto recebimento de R$ 3 milhões em propina, um oficial do STF informou ao ministro relator, Teori Zavascki, a "impossibilidade de localização do denunciado nesta Capital [Brasília]", e por isso devolveu o mandado de citação sem cumprimento.
O documento expedido por Teori determinava que Aníbal apresentasse, num prazo de 15 dias, resposta prévia à denúncia da Procuradoria.
O oficial explicou que a seção de Recursos Humanos da Câmara dos Deputados informou que o deputado estava afastado do exercício do cargo "para tratamento de saúde desde o mês de fevereiro", só devendo retornar ao mandato em setembro.
A defesa de Aníbal Gomes, dias depois, informaram que o deputado estava em Fortaleza (CE) "por força das convenções partidárias" e "com o propósito de dar apoio às bases eleitorais", com previsão de volta "entre os dias 10 e 12 de agosto".
Zavascki determinou então "o cumprimento do mandado de notificação a partir da data indicada pelo investigado" de retorno a Brasília.
Contudo, até a sexta (12) Aníbal permaneceu no Ceará e não havia sido intimado. Seu advogado, Gustavo Souto, afirmou à Folha que ele volta na terça (16) e que já combinou com o oficial de Justiça do STF a notificação três dias depois.
No outro inquérito, o Instituto Nacional de Criminalística (INC), vinculado à direção geral da PF, disse a Zavascki que, em junho, o deputado Dudu da Fonte "não compareceu neste instituto para realizar o procedimento de coleta de padrão de voz".
A explicação dada pelos peritos é que, a princípio, a coleta fora agendada para o dia 1º de junho no INC, seguindo uma requisição da Polícia Federal.
Um dia antes, porém, "o procurador do deputado", não citado nominalmente, solicitou a alteração da coleta para o dia 21 de junho. Na data prevista, porém, o político não apareceu.
A coleta, segundo os investigadores, é necessária para ajudar a confirmar a autenticidade de um vídeo entregue aos investigadores da Lava Jato pelo empresário Marcos Duarte Costa, amigo do delator Fernando Baiano, que registrou uma reunião ocorrida no Rio de Janeiro em 2009 entre Dudu, o então senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), morto em 2014, e executivos da empreiteira Queiroz Galvão.
De acordo com os investigadores e delatores da Lava Jato, nesta reunião foi acertada uma propina de R$ 10 milhões para que o líder do PSDB ajudasse a enterrar a CPI da Petrobras.
Dudu da Fonte também já foi denunciado pela PGR por suposto envolvimento no pedido e recebimento da propina.
Os dois casos possuem grande semelhança com o da mulher do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Devido as dificuldades para intimar Cláudia Cruz no processo que tramita no Paraná, insatisfeito, o juiz federal Sergio Moro determinou, na última sexta-feira (12), que ela apresente imediatamente o endereço em que pode ser encontrada.POR NOTÍCIAS AO MINUTO
Em um inquérito, o oficial de Justiça informou que não consegue localizar o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE) para entregar a intimação. Segundo a Folha de S. Paulo, em outro caso, os peritos da Polícia Federal disseram que o parlamentar Dudu da Fonte (PP-PE) não compareceu a uma exame de voz.
No processo em que Aníbal já foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) por suposto recebimento de R$ 3 milhões em propina, um oficial do STF informou ao ministro relator, Teori Zavascki, a "impossibilidade de localização do denunciado nesta Capital [Brasília]", e por isso devolveu o mandado de citação sem cumprimento.
O documento expedido por Teori determinava que Aníbal apresentasse, num prazo de 15 dias, resposta prévia à denúncia da Procuradoria.
O oficial explicou que a seção de Recursos Humanos da Câmara dos Deputados informou que o deputado estava afastado do exercício do cargo "para tratamento de saúde desde o mês de fevereiro", só devendo retornar ao mandato em setembro.
A defesa de Aníbal Gomes, dias depois, informaram que o deputado estava em Fortaleza (CE) "por força das convenções partidárias" e "com o propósito de dar apoio às bases eleitorais", com previsão de volta "entre os dias 10 e 12 de agosto".
Zavascki determinou então "o cumprimento do mandado de notificação a partir da data indicada pelo investigado" de retorno a Brasília.
Contudo, até a sexta (12) Aníbal permaneceu no Ceará e não havia sido intimado. Seu advogado, Gustavo Souto, afirmou à Folha que ele volta na terça (16) e que já combinou com o oficial de Justiça do STF a notificação três dias depois.
No outro inquérito, o Instituto Nacional de Criminalística (INC), vinculado à direção geral da PF, disse a Zavascki que, em junho, o deputado Dudu da Fonte "não compareceu neste instituto para realizar o procedimento de coleta de padrão de voz".
A explicação dada pelos peritos é que, a princípio, a coleta fora agendada para o dia 1º de junho no INC, seguindo uma requisição da Polícia Federal.
Um dia antes, porém, "o procurador do deputado", não citado nominalmente, solicitou a alteração da coleta para o dia 21 de junho. Na data prevista, porém, o político não apareceu.
A coleta, segundo os investigadores, é necessária para ajudar a confirmar a autenticidade de um vídeo entregue aos investigadores da Lava Jato pelo empresário Marcos Duarte Costa, amigo do delator Fernando Baiano, que registrou uma reunião ocorrida no Rio de Janeiro em 2009 entre Dudu, o então senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), morto em 2014, e executivos da empreiteira Queiroz Galvão.
De acordo com os investigadores e delatores da Lava Jato, nesta reunião foi acertada uma propina de R$ 10 milhões para que o líder do PSDB ajudasse a enterrar a CPI da Petrobras.
Dudu da Fonte também já foi denunciado pela PGR por suposto envolvimento no pedido e recebimento da propina.
Os dois casos possuem grande semelhança com o da mulher do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Devido as dificuldades para intimar Cláudia Cruz no processo que tramita no Paraná, insatisfeito, o juiz federal Sergio Moro determinou, na última sexta-feira (12), que ela apresente imediatamente o endereço em que pode ser encontrada.POR NOTÍCIAS AO MINUTO
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