Pages

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

CESTA BÁSICA TEM VALOR MAIOR EM 30 ANOS

Por ipuemfoco   Postado  sexta-feira, agosto 05, 2016   Sem Comentários


Acompanhando o aumento registrado em junho (3,11%), a inflação sobre a cesta básica de Fortaleza voltou a subir, em julho, com a nova alta de 4,29% – a quarta maior variação

do Nordeste e a sexta mais alta do País, dentre os 27 estados pesquisados na nova metodologia. 

Com isso, o preço do conjunto dos 12 produtos que compõem a cesta básica de Fortaleza acumula um avanço de 17,7% no ano, encerrando o período valendo R$ 403,38, sendo o valor mais elevado da Região Nordeste, pela oitava vez, e o mais elevado desde o início da série histórica, iniciada em setembro de 1986. 

As informações, divulgadas, ontem, são do escritório local do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese-CE), através da Pesquisa Nacional da Cesta Básica (PNCB).

Conforme o levantamento, considerando o valor e, tomando como base o salário mínimo vigente no País (R$ 880,00) – correspondente a uma jornada mensal de trabalho de 220 horas –, o trabalhador teve que desprender 100 horas e 51 minutos de sua jornada de trabalho mensal para essa finalidade, sendo que o preço atual já corrói 49,93% do salário mínimo líquido. Segundo o Dieese-CE, o gasto com alimentação de uma família padrão (dois adultos e duas crianças) foi de R$ 1.210,14 em julho.

Comportamento


O levantamento mostra que a elevação no preço final do mês passado foi influenciada pela alta de 10 dos 12 itens, com destaque para o feijão (16,82%) e tomate (11,28%) – com maior intensidade –, seguido de farinha (7,33%), leite (5,97%), entre as maiores elevações. No período, as menores altas foram registradas em manteiga (2,24%), café (2,08%), arroz, (1,86%), pão (1,78%), carne (0,9%) e açúcar (0,35%), enquanto que óleo não variou no período. A banana (-2,26%) foi o único item que apresentou queda nos preços.

Na variação mensal, o custo do conjunto de alimentos básicos aumentou em 22 capitais do Brasil e diminuiu em apenas cinco, sendo as maiores registradas por Boa Vista (8,02%), João Pessoa (5,79%) Manaus (5,27%), Maceió (4,5%), São Luís (4,38%) e Fortaleza (4,29%), enquanto as únicas retrações aconteceram em Florianópolis (-4,35%), Belo Horizonte (-0,64%), Belém (-0,6%), Porto Velho (-0,56%) e Brasília (-0,23%). Já no acumulado dos sete primeiros meses do ano, a capital cearense (17,7%) aparece com a quinta maior inflação do Nordeste – atrás de Aracaju (24,05%), Salvador (20,94%), João Pessoa (19,25%) e Maceió (18,59%) – e a nona maior do País.

Ainda na análise mensal, por valores, o preço registrado no mês passado em Fortaleza, de R$ 403,38 ficou R$ 16,60 mais caro – já que, em junho, o valor era de R$ 386,78. Com isso, Fortaleza possui a 16ª cesta mais cara do País e a mais elevada do Nordeste. Enquanto todas as capitais nordestinas registrassem aumento, a maior deflação – das cinco registradas –, de Florianópolis, fez com que seu preço ficasse em R$ 443,11.

Balanço

Observando as variações semestral e anual da cesta básica, em Fortaleza, verifica-se que foram de 9,42% e 21,2%, respectivamente. Isto significa que a alimentação básica em julho está mais cara do que em janeiro de 2016 (R$ 368,64) e do que julho de 2015 (R$ 332,82). No semestre terminado em julho, entre os produtos, os que sofreram maior elevação nos preços, estão: feijão (105,44%), manteiga (42,61%), farinha (29,12%), e leite (22,52%). Reduziram, no período, o tomate (-23,05%) e a carne (-3,88%). Já na série de 12 meses, os que sofreram maior elevação nos preços foram feijão (149,11%), farinha (60,22%), manteiga (59,57%), açúcar (55,98%), e leite (40,21%). O único produto que apresentou redução no preço foi o tomate (-17,65%).

Para o Dieese-CE, levando em consideração a determinação constitucional, que estabelece que o salário mínimo deva ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família (quatro pessoas) – com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência –, e com base no total apurado para a cesta mais cara, a de São Paulo (R$ 475,27), o valor do salário mínimo necessário deveria ser de R$ 3.992,75, ou seja, 4,54 vezes o mínimo em vigor. Em junho, o mínimo necessário correspondeu a R$ 3.940,24, ou 4,48 vezes o piso vigente.
O ESTADÃO

Sobre o autor

Adicione aqui uma descrição do dono do blog ou do postador do blog ok

0 comentários:

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
.
Voltar ao topo ↑
RECEBA NOSSAS ATUALIZAÇÕES

© 2013 IpuemFoco - Rádialista Rogério Palhano - Desenvolvido Por - LuizHeenriquee