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sexta-feira, 17 de junho de 2016

CEARÁ;DOCUMENTOS SIGILOSOS COMPROVAM EXISTÊNCIA DE FACÇÕES

Por ipuemfoco   Postado  sexta-feira, junho 17, 2016   Sem Comentários


O material foi apresentado ao deputado Capitão Wagner (PR). “Isto só comprova o que a gente já sabia. Nos bastidores todo mundo já sabia que o crime organizado estava instalado aqui.

O jornalismo da TV Cidade teve acesso com exclusividade a uma série de documentos assinados pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), que o Governo do Estado tinha conhecimento da presença e atuação de grandes facções como Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC) nos municípios cearenses. Os documentos apresentam dezenas de nomes de criminosos ligados ao crime organizado que foram presos ou permanecem foragidos.

O material foi apresentado ao deputado Capitão Wagner (PR). “Isto só comprova o que a gente já sabia. Nos bastidores todo mundo já sabia que o crime organizado estava instalado aqui. Com o aperto da segurança no Sul e no Sudeste do país, já que a polícia está mais preparada, eles acabam vindo para cá”, disse o parlamentar.

“A documentação tem o timbre da Secretaria de Segurança, relação dos criminosos do PCC e Comando Vermelho e com a identificação dos presídios onde aqueles que estão presos se encontram. Isto é uma prova cabal que a SSPDS sabia há muito tempo que as facções estavam instaladas no Ceará, agitando na capital e no interior”, afirmou o deputado.

Os documentos recebidos pela TV Cidade pertencem à Secretaria de Segurança Pública e Polícia Federal. Entre os nomes de membros de facções criminosas, estão acusados de participar de ataques em prédios públicos, como agências bancárias. Para Capitão Wagner, a redução do número de homicídios divulgado mensalmente pelos órgãos de segurança é resultante dos acordos de paz feitos pelas facções e não pelo combate das ações destes grupos criminosos.

“Além de identificar, a gente não tem informação de nenhuma medida enérgica. Pelo contrário, muitos criminosos fugiram durante as rebeliões ocorridas no último mês. Outros se encontram soltos dentro do presídio. Eles ficam com celulares, bebidas, escutam música, comprovando que o Estado não tem controle sobre o crime organizado e sobre o sistema penitenciário”. Vale ressaltar que recentemente foi aprovada uma lei que proíbe sinais de operadoras nas unidades prisionais, mas ataques ocorridos em prédios públicos, como a Assembleia Legislativa, teriam feito o Estado repensar a medida.
Foto: Arquivo


Além disto, o parlamentar afirmou categoricamente que o PCC e o Comando Vermelho “se pacificaram” para facilitar o ataque contra agências bancárias e prédios públicos, pois suas ações têm por finalidade, obter dinheiro para fortalecer as facções. Somente esta semana, foram cinco ataques contra agências bancárias.

 “O crime organizado está interessado em dinheiro para fortalecer o tráfico de drogas”, disse. Capitão Wagner ainda afirmou que o Governo do Estado fez um acordo com estes grupos criminosos para manter a falsa sensação de paz no Ceará. “O único motivo que faz com que a Secretaria de Segurança não divulgue e não confirme a informação é o medo que eles tem de o cidadão sair à rua e ter a certeza de que não está seguro”.

Habeas Corpus
Os documentos são uma prova que o Ceará é um dos pontos mais fáceis de atuação de grandes facções criminosas. Uma investigação realizada recentemente aponta que Fortaleza está na rota do tráfico internacional de drogas. Antes dos entorpecentes serem encaminhados aos Estados Unidos, chegam à capital cearense de países como a Colômbia e Bolívia. 

Para o deputado Capitão Wagner, uma denúncia feita pelo ex-presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE),Luiz Gerardo de Pontes Brígido, sobre a venda de habeas corpus no Estado é uma prova que os criminosos facções criminosas pedem transferência por saberem que existe mais facilidade em sair das unidades prisionais cearenses.

SSPDS e Sejus não se manifestam
Em nota, a SSPDS e a Secretaria de Justiça (Sejus) afirmaram que não se manifestarão sobre o assunto. “A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e a Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus) não irão se manifestar sobre o assunto. Documentos de Inteligência são protegidos pela lei federal 12.527/2011. 

A divulgação desse tipo de documento, por quem quer que seja, é crime com punição prevista em legislação." O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Ceará (Sindasp-CE) também foi procurado, mas não se manifestará.CNEWS

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