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sábado, 7 de maio de 2016

POR QUE UMA DAS MAIORES SECAS DA HISTÓRIA DO CEARÁ PODE ESTAR NO FIM

Por ipuemfoco   Postado  sábado, maio 07, 2016   Sem Comentários


Dados analisados pela Funceme mostram que o El Ñino, fenômeno que atua para indução de seca no Nordeste, está se dissipando.
Ainda é cedo para previsão, mas 2017 poderá
ter outro cenário e os cinco anos seguidos de seca no Ceará poderão chegar ao fim. Qual o indício que aponta para essa probabilidade? É o El Niño. O fenômeno, que atua para a ocorrência de estiagens no Nordeste, vem perdendo força com o desaquecendo das águas do Pacífico.

Com o enfraquecimento do El Ñino, vem ganhando corpo outro fenômeno: a La Niña. O oposto do “Menino” produz um esfriamento no oceano Pacífico. Um episódio climático, de influência global e regional, com possibilidade de favorecer o Semiárido cearense no ano que vem.

Os dados, ainda preliminares, estão sendo analisados pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) a partir de gráficos recentes, de abril último, produzidos pelo International Research Institute for Climate and Society, da universidade de Columbia (EUA) - uma das parceira da Funceme.


De acordo com o meteorologista Raul Fritz, da Funceme, atualmente o aquecimento da porção do Pacífico que interessa para as previsões no Nordeste do Brasil está em 1,1º C. Já esteve 3º C acima da média, entre dezembro de 2015 e o começo de janeiro deste ano.

A tendência, segundo a previsão da época, era de que fenômeno não perderia força. O El Ñino estava no pico de intensidade e empurrava o Ceará para o quinto ano consecutivo de estiagem severa e uma quadra chuvosa com precipitações abaixo da média histórica (em torno de 804.9 mm de fevereiro a maio).

E se confirmaram as previsões da Funceme. As chuvas de março, principal mês da quadra invernosa do Ceará, foram 33% abaixo da média histórica.


Para o fechamento do trimestre de março-abril-maio deste ano, a previsão persiste com 70% de chances de ficar abaixo da média e somente 5% de ficar na categoria acima da média.

Um dos indicadores de acerto da Funceme é a baixa carga dos reservatórios cearenses até aqui. Hoje o volume de água dos 153 açudes do Ceará não passa de 13,3% da capacidade total. Um agravante para a travessia do quinto ano seco e mais prejuízos à vista para o Semiárido.

La NiñaOs gráficos do International Research Institute for Climate and Society mostram, de acordo com Raul Fritz, que no momento há uma possibilidade entre 60% e 70%, até o final do ano, do aparecimento do La Niña. “Ela, que é o oposto do El Niño, ajuda na qualidade de nossas chuvas. Ou, pelo menos, não atrapalha”, afirma o meteorologista.

Para que se consolide a tendência de surgimento e permanência da La Niña em 2017, outras dados de previsão climática e de temperatura deverão ser colhidas dos oceanos Pacífico e Atlântico e cruzados em modelos matemáticos.

Há mapas que migraram da coloração laranja e vermelha - que indica aquecimento das águas do Pacífico - para uma macha azulada. Um sinal de que está se instalando um resfriamento e a possibilidade de atuação da La Niña no trimestre de dezembro-janeiro-fevereiro próximo. Falta, agora, a previsão para março-abril-maio do ano que vem. Exatamente o período da quadra chuvosa no Ceará. Então a expectativa é que os dados se consolidem e tragam a chuva tão necessária.
Demitri Túlio/OPOVO

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