A presidente Dilma Rousseff criticou nesta sexta-feira 18, ao entregar unidades do Minha Casa Minha Vida em Feira de Santana, na Bahia, o que chamou de judicialização da política e voltou a condenar o grampo feito pela Operação Lava Jato, com autorização do juiz Sérgio Moro, contra ela e o ex-presidente Lula. Dilma voltou a dizer que tomará "todas as providências cabíveis nesse caso".
"O meu governo garantiu autonomia para a Polícia Federal investigar quem fosse necessário. O meu governo respeita o Ministério Público e o Judiciário. Agora, nós consideramos uma volta atrás na roda da história a politização de qualquer um desses órgãos", declarou. "Não é possível aceitar qualquer grau de politização, em qualquer ação de investigação, no nosso país. É uma volta atrás, um retorno a páginas atrasadas na nossa história", acrescentou.
Ontem, em discurso na cerimônia de posse do ex-presidente Lula como ministro-chefe da Casa Civil, no Palácio do Planalto, Dilma já havia condenado o grampo e sua divulgação para a imprensa. Nesta sexta, Dilma, que já foi alvo de grampo pelos Estados Unidos, voltou a criticar o fato, e fez uma provocação ao juiz Sérgio Moro: "Grampeia o presidente dos Estados Unidos para ver o que acontece".
"É por isso que vou tomar todas as providências cabíveis neste caso. Não é só por causa da Presidência da República, que é muito importante, é por outro motivo: se eu não tomar providências, se alguém puder me grampear sem a autorização do Supremo Tribunal Federal, o que vai acontecer com o cidadão comum?", questionou.
Sobre Lula, Dilma voltou a dizer que ele é alguém que chega para contribuir com o governo. A presidente anunciou também que a terceira etapa do programa Minha Casa Minha Vida será lançada no fim deste mês com 2 milhões de moradias. Dilma reiterou que o programa habitacional será ampliado para que mais famílias sejam incluídas.
"No final deste mês nós vamos lançar mais 2 milhões de moradias que serão selecionadas e distribuídas para aquelas pessoas que mais precisam e isso é fruto de uma decisão do governo federal. Qual é a decisão? A decisão é usar o dinheiro dos impostos para garantir que mais famílias tenham acesso ao Minha Casa Minha Vida", disse.
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