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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

CLIMA GERA ALTA DE PREÇOS DAS HORTALIÇAS

Por ipuemfoco   Postado  quarta-feira, janeiro 27, 2016   Sem Comentários

As fortes chuvas e as altas temperaturas registradas nos últimos meses foram fatores determinantes para queda de qualidade na oferta de hortaliças nas principais Centrais
de Abastecimento (Ceasas) do País. Com isso, os preços comercializados estão pressionados, registrando aumento geral nas cotações dos produtos ofertados no final de 2015 – cenário que tende a se manter durante o 1º trimestre deste ano, uma vez que há expectativa de maior frequência de chuvas para o período.

As informações são do 1º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Ceasas, divulgado, ontem, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O estudo analisa os preços de comercialização no atacado em dezembro do ano passado, e realizado nos mercados atacadistas, por meio do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), executado pela Conab, e considera a maioria dos entrepostos localizados nas capitais dos estados do Ceará, São Paulo (Campinas e região metropolitana), Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná e Goiás.

Variações
A batata registrou altas em todos os mercados pesquisados, sendo mais expressivos no Rio de Janeiro (16,8%, com o valor de R$ 2,52) e em Campinas (12,19%, ou R$ 2,48), vindo, em seguida, o Ceará ao lado do Espírito Santo, ambos com 3,53%. Segundo a Conab, a elevação se deve, principalmente, à redução da oferta devido à saída da produção do entorno de Brasília e de São Paulo, aliada ao atraso da entrada da safra produzida no sul do País e em Minas Gerais, além dos custos com insumos e transporte, que são atrelados ao dólar.

O tomate também apresentou alta nos preços, influenciados pela moeda norte-americana e pela escolha dos produtores em plantar cebola no último ano, que apresentava-se mais vantajoso para o agricultor. As principais elevações desse produto foram verificadas no Goiânia (R$ 4,15 o quilo, alta de 55,28%), Paraná (R$ 3,84, ou 50,64%), Espírito Santo (R$ 2,23, ou 50,26%). O Ceará apresentou a menor variação (28,28%), com o valor de R$ 1,32 o quilo.

As importações da cebola voltaram a crescer e ocuparam destaque na comercialização, levando ao aumento dos preços. Se comparado com 2014, houve um aumento de aproximadamente 80% da importação, conforme a Conab. “Espera-se ainda uma quebra de cerca de 50% da safra caso se confirme a baixa produtividade na região sul, provocada pelo excesso de chuvas”, disse a companhia, em nota. 

Quanto aos preços, o Ceará apresentou a terceira maior variação (14,14%, sendo R$ 1,72 o quilo), atrás de São Paulo (18,77%, ou R$ 3,03) e Rio de Janeiro (16,8%, ou R$ 2,52).

Por sua vez, a cenoura e a alface seguiram o comportamento das demais hortaliças, registrando alta na maioria dos entrepostos. Enquanto a cenoura perdurou o movimento iniciado em novembro de 2015 – com as maiores elevações em São Paulo (18,77%), Rio de Janeiro (16,8%), e em Fortaleza (14,14%) – a alface teve comportamento diferenciado, redução de preços em Campinas (0,75%), São Paulo (8,22%) e Curitiba (22,96%), e aumento nas cotações verificadas em Goiânia (7,69%), Rio de Janeiro/RJ (8,07%), Fortaleza (12,97%) e Vitória (21,93%). Para os próximos meses, a situação dos preços dependerá do nível de chuvas nas principais áreas de produção, que impacta na oferta e qualidade dos produtos.

Oferta e demanda impactam preços das frutas
Com relação às frutas, segundo o levantamento da Conab, de maneira geral, as frutas continuam com alta nos preços nas centrais brasileiras devido à queda da oferta em vários entrepostos atacadistas, aliada com a alta demanda das frutas no final do ano. 

A alta do dólar também provoca pressão nos preços a partir dos custos de produção, ao mesmo tempo que impulsiona cada vez mais as exportações. Em alguns casos, as questões climáticas também influenciaram na redução da oferta do produto, como ocorreu com a banana e a maçã. 

O excesso de chuvas nas principais regiões produtoras prejudicou a produtividade e acarretou a diminuição da área cultivada das frutas.

A laranja até chegou a apresentar maior quantidade de oferta do produto. As constantes chuvas nos meses de agosto e setembro, beneficiaram os laranjais e aumentaram a produtividade, mas não acompanhou a elevação da demanda, impactando na subida dos preços. Apenas no Paraná (28,86%) e em Goiânia (4,97%), os preços caíram, enquanto que, entre as menores altas, o Ceará (0,48%) ficou atrás do Espírito Santo (0,14%). 

Já o mamão e a melancia apresentaram alta devido, principalmente, às questões relativas ao custo de produção e ao aumento nas exportações. Nesses dois grupos, o Ceará apresentou as menores variações, com 2,81% e 17,26%, respectivamente.OESTADO

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