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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

SAÚDE; PREFEITURAS FECHAM SERVIÇOS DE SAÚDE

Por ipuemfoco   Postado  segunda-feira, novembro 23, 2015   Sem Comentários

O comprometimento de receitas municipais em função da seca e das dificuldades econômicas afeta serviços de saúde
em alguns dos principais polos regionais do Interior do Ceará, com reflexos na Capital. 

Quixeramobim e Iguatu, por exemplo, restringiram o acesso a certos atendimentos da rede municipal, alegando não haver recursos próprios nem repasses suficientes para dar conta dos equipamentos.

Ambas as cidades apresentam situações graves e que se assemelham a de outras como Limoeiro do Norte, Iracema e Fortim, segundo a Associação dos Municípios Cearenses (Aprece).

Apesar de não ter acompanhamento formal do problema, a entidade aponta que praticamente todas as prefeituras têm relatado dificuldade em manter seus hospitais funcionando com estrutura adequada. Pagar pessoal é o maior desafio, destaca Ana Mello, assistente técnica do departamento de Saúde da Aprece.

“Se tivéssemos uma rede estruturada em todos os municípios, talvez muitos desses pacientes tivessem atendimento sem precisar se locomover”, analisou o diretor médico do IJF, Osmar Aguiar. Ao O POVO, o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, reforçou a compreensão do problema: “O IJF nunca viveu um momento tão grave. Comigo, agora, é o pior”. Em 3 de novembro, a coluna Vertical, do jornalista Eliomar de Lima, apontava o aumento da demanda do Interior sobre o maior hospital do Estado.

Dificuldades

Quando não consegue dar conta da demanda, o Hospital Regional de Iguatu costuma transferir pacientes tanto para Fortaleza como para o Hospital Regional do Cariri. A unidade recentemente fechou as portas para atendimento clínico traumatológico e opera somente cirurgias eletivas, segundo a secretária da Saúde municipal, Vanderlúcia Lobo. 

“Vamos ter de gerir o hospital com recurso bem menor. Por isso, fechamos a porta de entrada para traumatologia e a UTU (Unidade de Terapia de Urgência)”.

Em Quixeramobim, o Hospital Regional Doutor Pontes Neto, cujo atendimento se destinava a pacientes tanto do Município como de localidades próximas, a exemplo de Pedra Branca e Senador Pompeu, fechou as portas para quem chega de fora.

Segundo o vice-prefeito Tarso Borges, que integra o comitê da administração do hospital, foi reduzido o salário dos médicos e dispensada boa parte do corpo profissional. “O Estado só repassa R$ 230 mil. A despesa é de R$ 2 milhões”, argumentou, acrescentando que a água que abastece a unidade provém de carro-pipa.

Estado

A Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) informou, em nota, que repassa anualmente o valor de R$ 135,5 milhões a todos os 36 hospitais-polo da rede conveniada, sendo 34 no Interior e dois na Capital. Disse, ainda, que de janeiro a outubro deste ano, foram realizados 33,8 mil atendimentos na emergência do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), sendo 79% dos pacientes da Capital e 21% do Interior.

Cobrada pelas prefeituras, a Sesa entende que as dificuldades financeiras são realidade não só dos municípios, como dos estados de todo o País. “A conjuntura está igual para todo mundo. Estão juntos lutando para aumentar o financiamento do SUS (Sistema Único de Saúde)”, informou a secretaria, em nota.

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