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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

PREÇO DA CARNE VAI PESAR NO BOLSO DO BRASILEIRO EM 2016

Por ipuemfoco   Postado  quarta-feira, novembro 11, 2015   Sem Comentários


Se confirmada a expectativa do setor exportador de carne de que baterá recorde de vendas para outros países no ano que vem, o preço do produto vai pesar no bolso do

brasileiro. “Com a desvalorização do real, a exportação ficou mais vantajosa para o pecuarista. Ele recebe em dólar pelas vendas.
No entanto, o mercado brasileiro fica menos abastecido e o preço sobe”, explicou André Braz, economista do IBRE/FGV.

É esperado que esse seja o principal reflexo no mercado interno do otimismo da indústria exportadora de carne bovina que projeta, em 2016, vender mais do que o registrado em 2014, de US$ 7,2 bilhões em mercadorias.

 O que explica essa projeção é o fim de embargos à carne in natura do Brasil em importantes mercados consumidores, como a China, os Estados Unidos e a Arábia Saudita e também a valorização do dólar frente ao real.

Para 2015, a expectativa é de que o segundo semestre seja melhor que os primeiros seis meses do ano em relação às exportações do produto, mas na comparação com 2014 os dados do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) mostram desaceleração de 15,48% nas vendas externas.

Há ainda um ponto adicional de custo que pressiona os preços domésticos da carne que é o fato de a alta nas cotações do dólar impactar o preço da ração e isso influenciar os preços no mercado interno. “Quem cria gado confinado - que consome rações derivadas de milho e soja – também vê os custos subirem e repassa parte dessa alta para os preços do produto final”, explicou o economista da FGV.

Peso no bolso

Dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) indicam que a carne é um dos produtos que já vem pesando no bolso do consumidor. Nos dez meses deste ano, à exceção de fevereiro, o preço do produto está aumentando. O IPCA, que mede a inflação oficial do país, é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Também o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) vem mostrando comportamento semelhante. De maio a outubro, a inflação acumulada da carne bovina é de 6,39% e da carne suína é de 7,53%. O pesquisador que coordena o estudo da FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), André Chagas, explicou que nos dois últimos meses do ano a pressão dos preços de carne de porco e de frango no mercado interno cresceu mais fortemente.

“O preço da carne bovina não estava acelerando tanto, em alguns casos, até desacelerando. Mas nós constatamos que, nas duas últimas semanas essa tendência tem se invertido, o preço da carne bovina está subindo um pouco e o das carnes suína e de ave, desacelerando”, disse o economista.

Chagas acredita que a tendência de alta dos preços no mercado interno persistirá neste fim de ano. E esse movimento é esperado que se mantenha logo no início de 2016, apesar de normalmente nos primeiros meses de cada ano haver uma queda sazonal nos preços. A expectativa de que isso seja diferente no ano que vem se explica pelo fato de as exportações para os Estados Unidos estarem a pleno vapor no primeiro trimestre.

“Ainda que a gente tenha algum comportamento sazonal, de queda dos preços da carne no início do ano, pode ser que essa queda não seja tão grande”, explicou Braz.
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