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domingo, 27 de setembro de 2015

ATÉ PARA O PT,DILMA VIROU UM SUPLÍCIO

Por ipuemfoco   Postado  domingo, setembro 27, 2015   Sem Comentários

Para onde se vira o olhar, a desolação. Não há alma por estas paragens capaz de exprimir algum otimismo, uma saída, um caminho minimamente seguro.
 
Sempre muito pragmático, este ente com suas mãos visíveis e invisíveis que aprendemos a chamar de “mercado”, reage à sua maneira. Retrai-se, suspende investimentos, desemprega e enriquece oportunistas de plantão. As reações do mercado respondem a estímulos. 

Parte deles vem da política.

O que se pode esperar a mais da presidente Dilma? Ninguém aposta um tostão furado no futuro de seu Governo. A última inacreditável façanha partiu do PT. O líder do partido na Câmara dos Deputados, Sibá Machado, reuniu sua turma e alguns outros líderes na Casa para articular a pressão para que os ministros da Fazenda, da Casa Civil e da Justiça caiam fora do Governo.

Sibá sugere o olho da rua para os três principais ministros da República. Dois deles, petistas de ponta. Creiam. Um homem com tamanha desenvoltura só pode estar se propondo a uma valsa à beira do abismo. Mas, em política, não há ponto sem nó. Não se trata de suicídio. Políticos não se entregam a devaneios. Parece mais um movimento que compõe um método.

Mas, que método? Ora, carregar o fracasso Dilma virou um suplício sem fim. Então, o melhor dos mundos para uma parte do PT é que o Governo se esfarele de vez. Derreta. Quanto mais rápido, melhor. A ideia é se desligar do fracasso, reunir o que resta da tropa e passar a fazer dura oposição a quem assumir. No fim do túnel, a recandidatura Lula em 2018.

Na tarde de sexta-feira, no site oficial do PT na internet, o presidente do partido, Rui Falcão, reforçou a suspeita. O petista gravou convocação para um inusitado ato: a favor de Dilma e contra a política econômica da presidente. Esquizofrenia? Não, método. Sim, Sibá e Falcão encarnam uma articulação. Pertencem ao mesmo grupo político que detém a hegemonia no PT.

ENTRE PERDAS E GANHOS

Para os políticos, ser a favor ou contra o impeachment é um cálculo... político. Cada ator define sua posição de acordo com seus interesses. Nem sempre os mais nobres. Para uns, a queda imediata é o melhor caminho. Para outros, a melhor opção é deixar a presidente e seu partido feridos e moribundos, mas no poder. Até ao ponto em que se tornem inviáveis para as próximas disputas políticas, claro.

A presidente Dilma parece determinada a se manter no Palácio. Até aqui, não curvou o joelho, mas acusou os golpes no fígado. Tanto que se dedicou a ir ao mercado da politicagem desqualificada, ofereceu cargos aos saqueadores e até venceu uma ou outra batalha. Porém, sai sempre mais fraca das batalhas. Inglórias batalhas.

Em seu esforço pessoal, Dilma tem se dedicado a fazer ligações para políticos. Coisa que nunca fez. Coisa que odeia fazer. A presidente se violenta. 
Até quando suportará?

Hoje, o petismo tem pouco apreço pelo seu Governo. Não o defende. Os mais atentos, que eram sabedores do desastre, preferiam ter perdido a eleição para que a bomba caísse do colo de Aécio Neves. Aí sim, entoariam o coro: “Estão vendo como estávamos certos. Bem que avisamos do que são capazes de fazer com o povo”. Pois é.

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