A iminente saída do grupo dos Ferreira Gomes do Prós – para o PDT, ao que tudo indica – representa mais uma das cada vez mais frequentes rearrumações da política cearense, sobretudo com vistas a 2016. Para Roberto Cláudio, pré-candidato não-declarado à reeleição, a ida para o PDT é uma jogada e tanto.
Passa a ter um partido forte, minutos valiosos no horário eleitoral e ainda empareda um potencial adversário, que passou muito perto de deixá-lo fora do segundo turno na eleição de 2012 - Heitor Férrer, por enquanto, pré-candidato pedetista. Há conversas com outras legendas, como o PSB e PPS. Mas os entendimentos com o PDT parecem os mais avançados.
Na última década, os Ferreira Gomes deixaram o PPS, em 2005, e o PSB, em 2013, por divergências com a direção nacional. Em ambas as circunstâncias, a família queria continuar apoiando o Governo Federal. Ocorre que PPS e PSB são de oposição e o PDT anda balançando quanto a se manter governista.
Ao ingressar no Pros, Cid Gomes e seu grupo projetavam assumir o controle da nova legenda. Inclusive, imaginaram uma reforma programática.
Nunca esconderam as divergências em relação ao pouco que existe de programa no atual partido. Diferentemente do PPS de Roberto Freire e do PSB, à época de Eduardo Campos, o Pros nem tinha tradição, nem militância, nem um grande cacique nacional a controlá-lo.
Porém, descobriram que, mesmo numa sigla nanica, sem história, programa ou mesmo relevância política, o controle da burocracia tem enorme peso. E eles se viram reféns do grupo dirigente, apesar de estarem longe de ter a mesma representatividade eleitoral.
Pelas hipóteses cogitadas, os Ferreira Gomes – até pelo trauma – não embarcarão numa aventura como foi o Pros. Encaminham-se a um partido consolidado. E, portanto, com uma cúpula dirigente bem estabelecida.
A QUESTÃO DA FIDELIDADE
A troca de partido está, em grande parte condicionada, à aprovação, no Congresso Nacional, de uma “janela” para permitir a troca de partido. Sem isso, os parlamentares eleitos no ano passado correm risco nada desprezível de perderam os mandatos.
Pelas hipóteses cogitadas, os Ferreira Gomes – até pelo trauma – não embarcarão numa aventura como foi o Pros. Encaminham-se a um partido consolidado. E, portanto, com uma cúpula dirigente bem estabelecida.
A QUESTÃO DA FIDELIDADE
A troca de partido está, em grande parte condicionada, à aprovação, no Congresso Nacional, de uma “janela” para permitir a troca de partido. Sem isso, os parlamentares eleitos no ano passado correm risco nada desprezível de perderam os mandatos.
Uma alternativa intermediária seria a migração apenas de Roberto Cláudio, que foi eleito ainda pelo PSB e cuja situação é mais urgente para 2016.
Cid e Ciro Gomes, que estão sem partido, também poderiam ir, mas seria um risco deixar desgarrar o grupo político. Ainda mais no momento em que a família não está, diretamente, no controle da máquina governamental.Érico Firmo/OPOVO
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