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segunda-feira, 20 de julho de 2015

PPS NO CEARÁ; "O PPS,HOJE,NÃO SERIA TOMADO DE ASSALTO POR UM DEPUTADO QUE COMEÇOU COMO GUARDA MUNICIPAL...."

Por ipuemfoco   Postado  segunda-feira, julho 20, 2015   Sem Comentários

Com o título “PPS Ceará -Por um partido sem padrinhos nem patrões”, eis artigo de Aécio Holanda, secretário de Esporte e Juventude de Quixeramobim e filiado ao partido. Ele aponta contradições de um movimento que quer derrubar o presidente estadual Alexandre Pereira, Confira:

Conheci o PPS, na época PCB em 1988, pelas mãos de meu professor de geografia do Colégio Castelo Branco. Naquela ocasião, estourou na cidade de Fortaleza uma grande greve contra o aumento das mensalidades abusivas, nas escolas privadas. Ali, eu despontava como liderança.

Em 1989, veio a campanha de Roberto Freire para presidente. Aqui no Ceará, tínhamos a carismática liderança de Fátima Dourado. Acreditávamos em mudar o mundo pela via democrática. Sempre me orgulhei muito de pertencer a esta escola política, na qual dediquei minha vida, passando por todos cargos de direção municipal, estadual e nacional, sendo fundador de sua juventude (JPS) e candidato duas vezes pelo partido, em 1998 e em 2008. O fato é um só: entramos em 2015 e continuamos firmes nos ideais do partido.

Por aqui, passaram muitos. Desde os irmãos Ferreira Gomes aos dias de hoje com Alexandre Pereira a quem eu, como dirigente do partido na época, mobilizei, articulei sua vinda para o partido e sua candidatura ao Senado, que não era consenso nem entre os seus pares. Alexandre acabou saindo candidato e, por divergências, fiquei à margem da direção – nunca do partido. 

Fora qualquer divergência que eu possa ter com atual presidente, ficou uma bela semente de um partido que tem o foco de sua organização nas mulheres e na juventude, com todas as tentativas de inteirarem esse processo que era semente e a ideia germinou.

O PPS, mesmo em seus passos de principiar, tem aprendido a caminhar. A prova é que, nas últimas eleições, o partido fez um “Estadual” e um “Federal”, e Alexandre hoje paga o preço de não ser candidato a federal. Faltou quem brigasse por ele, como eu fiz na candidatura ao Senado. O PPS, hoje, não seria tomado de assalto por um deputado que iniciou seu primeiro contato com a política como guarda municipal da Prefeitura de Sobral. 

Então ajudante de ordem de Cid, depois ressurge como empresário da educação de uma grande faculdade de Sobral. Reza a lenda que é quase que uma vaca em cima de uma árvore. Ninguém sabe como ele foi colocado lá. O outro é o “Rei do Baixo Clero” da política em Fortaleza. Nenhum dos dois têm a menor identidade com as relações fraternais democráticas do PPS herdeiro das mais belas tradições do velho PCB. 

E mesmo que, a cada dia, tenha ficado mais difícil identificar essas tradições, pois, em nome de um tal pragmatismo político, ganha mais força esse tipo de velha política, orquestrada nos gabinetes dos parlamentares totalmente desconectados do dia a dia da militância e de quem construiu a vida do partido.

Escrevo esta carta, pois tenho me surpreendido com um movimento exigindo mais democracia nas decisões do PPS. Aí eu concordo, mas isso não significa transformar o partido em uma ação cartorial, a serviço dos mandatos , como o deputado Tomaz Holanda já implementou com sua política aqui em Quixeramobim. 

Terra de meus ancestrais, diferente dele que só nasceu aqui, tenho orgulho de dizer que sempre tive uma historia de luta política, tanto que sempre fui responsável pela organização do partido no município. Tenho também orgulho de estar ao lado do povo de minha terra e ser secretario de Esporte e Juventude. Tenho orgulho de ter articulado a campanha de nossa candidata a presidente, Marina Silva. 

Não só aqui, mas em outros municípios depois da eleição frustrada pelo resultado minguado de votos em nosso município . Isso, fruto de escolhas erradas e orientações destorcidas, em total revelia da direção municipal do PPS, que vem impondo a força de seu mandato para constranger, de forma autoritária e monocrática, a direção municipal e seus dois parlamentares e sua militância.

Fico feliz quando vejo o deputado Tomás Holanda falar em democracia, pois quero tornar publica a prerrogativa para ser usada em Quixeramobim. Aviso que disputarei todas as instâncias do partido para garantir estes valores no PPS de nosso amado município.

Quanto aos companheiros acusados pelo deputado, de forma também monocrática, de fazer parte da gestão de Roberto Claudio, é preciso que ele explique sua participação na eleição para presidente da Câmara Municipal - apoio ao vereador Salmito Filho (Pros), e das votações de sua filha em apoio à gestão do prefeito, numa demonstração clara de que mais uma vez a democracia é na casa dos outros e que se o Alexandre Pereira precisa, segundo o deputado, entregar seu cargo, a sua filha, eleita de forma patrimonialista, precisa também entregar os seus.

Mas fico bastante animado com todas estas feridas expostas. Tenho certeza de encontrar mecanismos para decantar esta crise, aprofundando a democracia do partido sem hipótese de golpes . Como era dito no velho partidão: Por um partido sem padrinhos nem patrão!

* Aécio Holanda,
Secretário de Esporte e Juventude de Quixeramobim e filiado ao PPS.

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