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terça-feira, 7 de julho de 2015

DILMA ''NÃO SOU GETÚLIO,NÃO SOU JANGO,NÃO SOU COLLOR''

Por ipuemfoco   Postado  terça-feira, julho 07, 2015   Sem Comentários

“Eu não sou Getúlio, não sou Jango, não sou Collor. Não vou me suicidar, não faço acordo, não renuncio”.

A presidente Dilma Rousseff voltou a usar, ao longo do dia de ontem, uma frase que havia dito logo após a eleição, quando o PSDB apresentou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) um pedido para recontar votos. De acordo com um ministro, Dilma teria dito em conversa reservada: “Eu não sou Getúlio, não sou Jango, não sou Collor. Não vou me suicidar, não faço acordo, não renuncio”.

Parece que a presidente se deu conta da gravidade da situação, acordou e foi à luta. Em entrevista forte à “Folha de S.Paulo”, Dilma demonstrou disposição para a luta, com o argumento de que o impeachment necessita de provas concretas e que não poderia acontecer apenas por vontade política da oposição ou de uma ala do PMDB.

Na entrevista, ela disse que a oposição age de uma forma “um tanto quanto golpista”. Na reunião com os líderes partidários, Dilma falou claramente que, em sua avaliação, se tratava de uma tentativa de golpe querer levar adiante o impeachment. Nos últimos dias, peemedebistas e tucanos trataram abertamente em conversas reservadas e em discursos públicos em Brasília sobre a possibilidade de a presidente não encerrar o mandato.

A presidente não tinha alternativa, estava parecendo alheia à realidade. A entrevista é um marco nessa luta política. No entanto, quem consegue impor a agenda de discussão sempre leva vantagem no debate político.

Se a presidente da República precisa dar uma entrevista na qual ela tem de dizer que não vai cair, isso demonstra que a oposição está em vantagem na luta política que está em curso. Deu certo a estratégia oposicionista de pautar um debate ruim para o governo.

Já a estratégia de defesa do governo foi traçada ontem em diversas reuniões no Palácio do l Superior Eleitoral) e ao TCU (Tribunal de Contas da União) para defender a presidente e evitar decisões que poderiam fornecer argumento político e jurídico para um impeachment.

O governo avalia que precisa enfrentar o TCU antes do TSE. Ao mesmo tempo, deverá honrar os acordos feitos pelo vice-presidente da República, Michel Temer, na articulação política, a fim de reunir mais apoio no Congresso.

A articulação em relação ao TCU é mais urgente porque haverá uma decisão nesse tribunal antes do TSE. Na visão dos auxiliares da presidente, o processo no TSE preocuparia menos hoje do que o do TCU. Daí a presidente ter chamado dois ministros para explicar as pedaladas fiscais aos aliados.

Em relação ao TSE, o senador Aécio Neves, presidente do PSDB, deu uma declaração no domingo dizendo que uma decisão contrária ao governo atingiria Dilma e o vice. Nesse caso, uma nova eleição teria de ser convocada. Essa declaração de Aécio levou o PMDB a tirar o pé do acelerador nas conversas sobre impeachment.

Na avaliação do Palácio do Planalto, o TCU seria uma frente de batalha mais arriscada, porque poderia seduzir o PMDB, já que Temer seria preservado.

Apesar de enfraquecida politicamente, a caneta presidencial ainda tem tinta. Um exemplo foi a medida provisória editada ontem, bem aceita por empresários e sindicalistas. Em alguns casos em que o governo aprove um acordo entre empresas e trabalhadores, seria permitida a redução do salário e da jornada de trabalho em troca da manutenção do emprego.

É uma medida polêmica e de alcance pontual, mas foi uma tentativa de dar uma boa notícia numa hora de crise.
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