A ideia é reforçar as bancadas governistas dentro do Congresso e finalizar as votações de medidas do ajuste fiscal, disse o petista em entrevista ao programa “Poder e Política”, do UOL.
“A base aliada tem que participar do governo. O governo está trazendo a base aliada para o Executivo. Para funções importantes também. Trabalhando no sentido de consolidar uma base na Câmara e uma base no Senado”, explica Delcídio.
O R$ 1 bilhão a ser liberado em emendas para os congressistas se refere “restos a pagar de 2013, de 2014”. Quando se dará esse pagamento? “Num período relativamente curto. Nós já daríamos o ‘start’ a partir deste mês [junho] e gradativamente chegando nesse valor de R$ 1 bilhão”.
No passado, o PT classificava como fisiologia a liberação de emendas e distribuição de cargos para obter apoio de congressistas. E agora, continua sendo fisiologia? “Não. Uma coisa é você ser oposição. Aí quando você senta na cadeira…a história é diferente”.
A principal preocupação do governo no momento é com o projeto de lei que elimina a desoneração da folha de pagamentos das empresas. A Câmara deve votar o texto na semana que vem. O Senado pretende liquidar o processo até o final de junho.
Em breve os senadores devem receber o pacote de medidas da reforma política que os deputados já votaram. Como há muita controvérsia sobre o efeito das alterações, o líder do governo no Senado acha que muita coisa será rejeitada.
“Para piorar o que já está aí, é melhor deixar do jeito que está. Lamentavelmente. Porque acho que a reforma política era um tema extremamente relevante para o Parlamento”.
Quando fala do PT e das críticas de seu partido à política econômica da presidente Dilma Rousseff, o senador Delcídio do Amaral avalia que a sigla tem uma história “que se consolidou na contradição, no debate”. Apesar das divergências, diz o líder do governo, “o PT vai compreender [e] apostar no sucesso da presidenta Dilma. Não tem saída”.
Para Delcídio, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deve permanecer no cargo apesar de estar citado no caso da Operação Lava Jato –sobre corrupção envolvendo a Petrobras. Já no caso do presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Marco Polo Del Nero, a recomendação é para que se licencie ou renuncie.
Por muito tempo o engenheiro Delcídio, 60 anos, era apenas conhecido como “Delcídio Amaral”. No ano passado, consultou-se com uma numeróloga e passou a adotar “Delcídio do Amaral”, inclusive na urna eletrônica na eleição. Por quê?
“Sou místico. Sigo muito o que os números indicam. Minha vida foi sempre guiada pelo número 8. Minhas filhas todas têm uma composição de oitos. Se você somar ‘Delcídio do Amaral’ dá 16, que é 8 vezes 2. Que é 8 de fevereiro, dia do meu aniversário. E assim vai”.
Por enquanto, a nova grafia do nome não deu resultado eleitoral. Delcídio do Amaral foi candidato ao governo do Mato Grosso do Sul em 2014, mas acabou derrotado.UOL
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