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sábado, 13 de junho de 2015

DILMA ;PAVIO CURTO ?''NÃO POSSO SER UMA PRESIDENTE MOLE''

Por ipuemfoco   Postado  sábado, junho 13, 2015   Sem Comentários


Avessa a entrevistas, Dilma Rousseff escolheu o Palácio da Alvorada como cenário para uma conversa com o apresentador Jô Soares, exibida na madrugada deste sábado (13). Em pouco mais de uma hora, a presidente falou sobre promessas de campanha, crise econômica, pré-sal e até as críticas que tem recebido com frequência tanto da população como da base aliada.

Já no primeiro bloco, depois de relembrar algumas experiências durante a ditadura militar, Dilma foi indagada sobre o atual momento econômico do Brasil e a volta da inflação. De acordo com ela, “[o País] tem uma estrutura forte, mas enfrenta dificuldades momentâneas”.

Afirmou que nos últimos sete anos de crise mundial, a União bancou o orçamento, promoveu financiamentos com juros baixos e garantiu as políticas sociais. No entanto, a seca em áreas do sudeste forçou o esgotamento e o aumento dos preços com o da tarifa de energia e alimentos. Outro fator responsável pelo momento econômico estaria ligado à correção internacional do dólar, disss Dilma, que entre outras coisas, dificultou a vida daqueles que querem viajar para o exterior.

Liberdade de expressão e críticas
Ainda na primeira parte do programa, Dilma falou sobre a democracia no Brasil. “Eu sempre defenderei o direito de liberdade de quem quer que seja. Não podemos achar estranhas as manifestações”, afirmou. Questionada sobre a fama de ‘pavio curto’, foi direta: “eu não posso ser uma presidente mole”.

Em relação às críticas que recebe da população e imprensa, Dilma contou que algumas vezes fica incomodada, pois “ninguém é de ferro”. Mas disse não levar para o lado pessoal e saber que isso faz parte da atividade pública que exerce.

Ajuste fiscal e investimentos

Sobre a disparada da inflação, Dilma garantiu que quanto mais rápido forem feitos os ajustes fiscais, mais fácil será a retomada à estabilidade econômica. “Vamos ter de fazer um imenso esforço. Fazer o possível e o impossível para ter uma inflação estável, dentro da meta. E isso precisa de um tempo”, explicou.

Apesar das medidas de austeridade, ela garantiu que os beneficiários do programa Minha Casa Minha Vida não serão prejudicados, pois as taxas são fixas. Ainda segundo a presidente, em agosto o governo vai lançar mais três milhões de moradias para famílias, principalmente para aquelas com renda abaixo de R$ 1.500,00.

Em relação à saúde pública, Dilma citou a ampliação do programa Mais Médicos, bastante criticado em 2013, quando foi lançado. A presidente adiantou que a próxima etapa é o investimento no atendimento básico e no investimento em três áreas de especialização: ortopedia e traumatologia, cardiologia e oftalmologia. “Tivemos muita reação contra. Mas hoje temos médicos em toda a Amazônia, nas regiões periféricas das cidades e interior”, aponta.

Pátria educadora

O corte de 20% dos recursos do Ministério da Educação em 2015 também foi tema da entrevista. Apesar do orçamento mais apertado e da redução de vagas em programas como o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), Dilma garantiu que até o fim deste ano serão criadas mais um milhão de vagas em universidades públicas e particulares.

Para ela o lema "Pátria Educadora", lançado no discurso de posse em janeiro, está diretamente ligada também à oferta da educação técnica. “Um país sem ensino técnico profissionalizante não consegue avançar. Criamos oito milhões de vagas com ajuda do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego)”, argumentou.

Por último, Dilma retomou a promessa de construção de seis mil novas creches. “As creches ajudam as mães, e mais ainda as crianças. O ensino infantil ataca a desigualdade, pois auxilia o desenvolvimento intelectual, afetivo e emocional de nossos estudantes”, afirmou.

Petrobras e reeleição

Embora tenha fugido de comentários sobre os escândalos de corrupção da Petrobras e as investigações da Lava Jato, Dilma garantiu que mudou a diretoria da estatal em 2012 por uma questão de confiança. “Não eram pessoas da minha confiança. Depois de algum tempo, mudei a diretoria toda”. O tema petróleo ganhou mais espaço quando a presidente garantiu que a Petrobras já deu início à exploração do pré-sal e, atualmente, é capaz de produzir oito mil barris por dia. “A Petrobras será a empresa mais lucrativa nesta área e está no caminho certo”, diz.

A primeira mulher presidente

A última parte da entrevista foi reservada ao papel que terá na história. Indagada por Jô Soares como gostaria de ser lembrada nos livros de História, disse: “Eu quero ser conhecida como uma pessoa que não abandonou o interesse do seu povo e a soberania do País”. Para Dilma, “somos mais crítico conosco do que nós merecemos. Nós precisamos da esperança e da confiança”, finalizou.
IG

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