FUSÃO ENTRE PS E PPS DEVE RESULTAR EM UM PARTIDO INDEPENDENTE

O partido que vai resultar da fusão entre PPS e PSB ainda não tem nome nem definiu sua posição diante do governo Dilma Rousseff. 

Mas, segundo os dirigentes das duas legendas, é certo que o novo partido será uma alternativa forte no campo da "esquerda democrática" e disputará as eleições municipais de 2016. A união entre as siglas ainda depende da deliberação em assembleia.

As negociações para a fusão já haviam sido aprovadas pelo PPS. Nesta quarta-feira, a Executiva do PSB também aprovou a entrada no processo. O novo partido deve adotar uma linha majoritariamente independente em relação ao governo. 

"Você dê o nome que quiser, porque o PPS hoje é oposição e o PSB é independente. Mas não somos governo", disse nesta quarta o presidente do PPS, Roberto Freire. O líder do PSB na Câmara, Júlio Delgado (MG), afirma que a tendência é de que o novo partido adote uma postura de "independência tendendo para a oposição".

O PSB é a parte mais importante da nova sigla. O partido tem 32 deputados, cinco senadores, cinco governadores, três governadores quatro prefeitos de capital. O PPS tem onze deputados, um senador e um prefeito de capital. Na Câmara, a nova bancada seria a quarta maior, atrás de PMDB, PT e PSDB. 

O PSB defende que o novo partido se chame PSB40, para reforçar a marca da legenda. Já o PPS sugere a adoção da sigla PS - Partido Socialista.

Antes de confirmar a união dos partidos, entretanto, será preciso que as siglas se reúnam em assembleia para referendar a fusão. Isso precisa ocorrer até um ano antes das eleições de 2016 para que o novo partido possa disputar o pleito.

O presidente do PSB, Carlos Siqueira, também confirmou nesta quarta que a senadora Marta Suplicy vai se filiar ao partido e terá espaço para disputar a prefeitura de São Paulo em 2016. "Não tenha a menor dúvida", afirmou. A fusão é vantajosa para Marta porque, pela lei, ela poderia se mudar para o novo partido sem risco de o PT requisitar seu mandato na Justiça.​VEJA