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segunda-feira, 27 de abril de 2015

DILMA COMEÇA CONSTRUIR UMA BOA NARRATIVA

Por ipuemfoco   Postado  segunda-feira, abril 27, 2015   Sem Comentários

A chamada de capa da revista Carta Capital deste fim de semana é precisa.
"A situação da Petrobras é melhor do que a mídia gostaria e frustra quem sonha em devovê-la ao projeto entreguista do governo FHC".

Em uma frase, ela resume o que pode vir a ser o eixo central da narrativa do segundo governo Dilma. Depois de sofrer o mais intenso bombardeio a que uma presidência já foi submetida, Dilma resistiu. Mais do que isso, sua resistência simboliza, ainda, a permanência do modelo de partilha no pré-sal.

No dia em que a Petrobras publicou seu balanço, a última quarta-feira 22, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) soltou uma declaração emblemática. Disse que os prejuízos da estatal justificariam uma mudança no modelo do petróleo, com a retomada das concessões. 

Dias antes, o senador Aloysio Nunes, que era seu vice, publicou um artigo na Folha, em que dizia defender a Petrobras, mas, na prática, falava em nome dos interesses de empresas como Exxon e Chevron, defendendo também a abertura do pré-sal a firmas estrangeiras.

Com o fim do chamado 'terceiro turno', encerrado depois que o jurista Miguel Reale Jr. se negou a assinar um parecer pró-impeachment encomendado pelo PSDB, o Brasil poderá, aos poucos, retomar certa normalidade. 

No governo federal, a aposta para reativar a economia é um pacote de concessões que pode chegar a R$ 150 bilhões. A isso, somam-se os acordos de leniência com as construtoras, que poderão voltar a trabalhar e a retomar contratações.

No entanto, nada é tão importante quanto a Petrobras. Nas últimas semanas, a empresa obteve financiamentos do Banco de Desenvolvimento da China, de três bancos nacionais (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Bradesco) e também manteve sua classificação de risco. 

Caso o mercado internacional de petróleo se normalize, como já ocorreu com o minério de ferro, que fez as ações da Vale dispararem 30% na última semana, a Petrobras poderá ter melhoras significativas em suas condições financeiras.

Num cenário hipotético, imagine o que Dilma poderá dizer, ao final de seu mandato, caso o Brasil consiga se transformar num grande exportador de petróleo, gerando mais divisas para o País. Impossível? Pois a Shell decidiu pagar US$ 70 bilhões pelas operações da BG no Brasil apostando que, assim, poderá multiplicar por dez sua produção de petróleo até o fim da década.

"O Brasil é o país mais excitante para o mercado de petróleo no mundo", disse Ben van Beurden, executivo-chefe da Shell, que se encontrou com a presidente Dilma na última semana. 

Quem é do ramo sabe que o Brasil está sentado sobre um mar de óleo e gás. Caso essa riqueza se materialize, Dilma poderá terminar seu mandato numa condição que hoje parece inimaginável.247

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