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domingo, 1 de março de 2015

GOVERNO DILMA NO PONTO PARA BATALHA COM A OPOSIÇÃO

Por ipuemfoco   Postado  domingo, março 01, 2015   Sem Comentários

Imagine um cabo de guerra. De um lado, aflitos membros da base aliada; do outro, oposicionistas de peso com sangue nos olhos. No centro, uma crise que ameaça a governabilidade e o próprio futuro do País. 

Fora do âmbito institucional, um movimento pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) ganha corpo e divide opiniões. Tudo alimentado pelas sucessivas denúncias de corrupção na Petrobras, baixos índices de crescimento da economia e antipáticas medidas de ajuste fiscal. 
Em jogo, a continuidade de um projeto de poder iniciado em 2003 ou a construção de firmes alicerces para a chegada de um novo grupo ao comando do Palácio do Planalto.

Diante desse cenário caótico, governistas e seus adversários já empunham armas para uma dura disputa que deve se prolongar pelos próximos anos. Combalida e vendo seu capital político escorrer pelas mãos, a gestão petista ensaia uma reação. 

Nomes da primeira linha do partido e alguns apoiadores do atual projeto caíram em campo para tentar tirar o governo do momento grave em que se encontra. Já a oposição não dá um minuto de trégua. 

Após doze anos longe do Executivo, PSDB e companhia enxergam uma real possibilidade de retorno ao posto mais importante da nação, beneficiados, sobretudo, pelos episódios que desgastam a administração federal e provocam ampla insatisfação popular. Nos dois lados do front, estratégias que reúnem ações de ataque e defesa.

A primeira fase da batalha possui como pano de fundo a crise na Petrobras, que teve uma terceira CPI instalada na Câmara na última quinta-feira, 26. Enquanto aliados tentam vincular o início da onda de supostos desvios à era FHC, a oposição trabalha para provar que figuras do núcleo duro do governo e do PT têm relação direta com o esquema apresentado pela Operação Lava Jato.

Se, no Congresso, o plano anticrise é tocado por nomes como José Guimarães (líder do governo na Câmara), Aloizio Mercadante (ministro-chefe da Casa Civil) e Michel Temer (vice-presidente da República), fora dele o comandante da tropa é o ex-presidente Lula. 

Com a possibilidade de ser o candidato do PT para a sucessão de Dilma, ele acaba se tornando personagem central do atual cenário político. Um eventual sucesso daqui a quatro anos depende diretamente da salvação do mandato petista. 

Ciente das dificuldades que irá encontrar pela frente, o ex-metalúrgico mobiliza movimentos de esquerda do País e manda um recado aos adversários: “Se querem guerra, eu sei lutar também”. A declaração foi dada durante recente ato em defesa da Petrobras, no Rio de Janeiro.

Mas não é só com provocações que se alça uma gestão do atoleiro. Outras iniciativas integram o arsenal governista. Caberá à presidente Dilma, por exemplo, rodar o País na tentativa de defender sua administração e recuperar popularidade. 

A Aloizio Mercadante, foi dada a tarefa de acelerar programas e obras, tentando evitar que os entraves na política e na economia paralisem o governo. Para o deputado José Guimarães, a missão - compartilhada com Lula - de reunificar a base aliada, principalmente a bancada do PMDB na Câmara, além de ajudar a criar uma agenda positiva de votações que inclui a reforma política e a revisão do pacto federativo.

PessimismoNas trincheiras da oposição, a aposta é de que a atual crise só tende a se aprofundar. Todos esperam que as investigações tanto da nova CPI da Petrobras como da Operação Lava Jato minem o que ainda resta de pé na estrutura governista, fragilizando o PT para as disputas de 2016 e 2018. As eleições municipais, ressalte-se, serão cruciais para a próxima corrida presidencial, pois podem garantir redutos eleitorais importantes. 

A performance de cada força política sinalizará o potencial de cada uma na sucessão da presidente Dilma. 

Seguidas vezes, seja nas redes sociais - onde tem milhões de seguidores -, seja em plenário ou entrevistas coletivas, o senador Aécio Neves tem se colocado como porta-voz da oposição ao destacar as contradições da presidente quando comparados os discursos eleitorais de 2014 e o atual. A ideia é permanecer com a estratégia, colocando em xeque a credibilidade de Dilma. 

Sempre em evidência, o ex-governador tucano segue estratégia oposta à dos anos que antecederam a última disputa presidencial, quando poucas vezes apareceu para criticar a gestão petista. Postura que lhe rendeu dificuldades na campanha e por pouco não o tirou do 2º turno. 

O atual momento favorece a atuação de Aécio, que precisa, obviamente, não só surfar na maré de fatos negativos contra o governo, mas também elaborar uma plataforma inovadora para os desafios que se impõem. 

Afinal, não se pode subestimar a capacidade de recuperação do PT. Basta lembrar-se do que aconteceu em 2005, durante o escândalo do mensalão. Da ameaça de impeachment, Lula partiu para uma vitória em 2º turno e viu sua popularidade subir às alturas.

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