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quinta-feira, 26 de março de 2015

DEPUTADO DIZ QUE GOVERNO É CONTRADITÓRIO COM ''PÁTRIA EDUCADORA'' AO CORTAR R$ 4,2 BI DO FIES

Por ipuemfoco   Postado  quinta-feira, março 26, 2015   Sem Comentários

Parlamentar sugere que governo federal “deve fazer cortes é no excesso de ministérios”, durante Comissão Geral do ministro interino do MEC.


O deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN), que tem a educação como um das suas bandeiras de luta no Parlamento, criticou o Governo Federal, nesta quarta-feira, 25, durante audiência da Comissão Geral da Câmara com o ministro interino da Educação, Luiz Cláudio Costa, por fazer ajustes no Fundo de Financiamento Estudantil (FIES). Ele disse que o governo deveria se preocupar em reduzir ministérios, ao invés de fazer cortes no programa estudantil.

De acordo com o ministro, o governo alterou o FIES para este ano e estabeleceu um limite de até 6,4% para o reajuste das mensalidades de cursos financiados pelo programa. Aumentos maiores que este ficarão de fora do Fies. 


Além disso, passou a exigir dos estudantes um mínimo de 450 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) como condição para obtenção de financiamento. As mudanças levaram estudantes a terem dificuldades na renovação do contrato.

Costa afirmou que os novos critérios dão clareza ao programa e que o governo tem dialogado com as instituições de ensino superior, a fim de que haja critérios para reajuste de mensalidade, levando em conta os investimentos realizados nos cursos. “Qualquer investimento que não seja condizente com a qualidade não será admitido pelo Ministério da Educação, por esta Casa e pelo setor”, disse.

“Governo quebrou a sua palavra”


“O problema fulcral aqui é que o Governo quebrou a sua palavra”, disse o deputado Rogério Marinho. Segundo ele, o governo “gerou uma expectativa que não cumpriu, a exemplo de tantas outras expectativas e tantos outros casos na economia brasileira. 

Nós estamos vivendo no momento em que o Governo se redesenha e volta atrás numa série de afirmações que foram feitas e que se caracterizaram como um enorme estelionato eleitoral. Não foi diferente no FIES”.

O parlamentar potigar revelou que o programa aumentou em 4 anos, de 1 para 14 bilhões. “Faltou planejamento, faltou discernimento, faltou maior controle, mas o fato é que empresas privadas e estudantes por todo o país acreditaram no Governo e quebraram a cara. Esse é um fato”.

Ele lembrou que o Valor Econômico, de hoje, noticia que “o fulcro da questão, a coisa mais importante, é que o Governo com as ações que delineou, inclusive no sentido de delimitar o aumento de um ano para outro, como se fosse uma questão cartesiana, tenta diminuir em 4,2 bilhões de reais o custo com o FIES, indo de encontro à sua palavra de ordem de que o Brasil é uma pátria educadora”, criticou o deputado.

“Corte no excesso de ministérios”


O deputado tucano disse, no entanto, que para o governo federal, para resolver o problema na área da educação, deve dar o exemplo.

“O Governo tem um excesso de ministérios, excesso de cargos em comissão, uma estrutura paquidérmica. O Estado está muito grande e a solução que o Governo apresenta é criar outra instituição, que é o INSAES, colocado como se fosse uma redenção para haver uma superposição em função do INEP e do SISU. Ora, parece-me que o uso do cachimbo faz a boca torta. 

Os indicadores de qualidade na educação brasileira deveriam ser vistos como a catástrofe nacional. Não é por acaso que nós temos uma taxa líquida de menos de 13% de matrícula no ensino superior. Não é por acaso”, frisou.

Prova Brasil

Rogério Marinho revelou, também, que de 2005 a 2013, na hora em que a Prova Brasil - que é um instrumento de aferição de resultado do próprio MEC - começa a avaliar, de forma universal, o ensino brasileiro “nós verificamos que o aumento da qualidade é irrisório e, no caso do ensino médio, é negativo. Nós perdemos qualidade na última década”.

Segundo o deputado “o Governo precisa ter a coragem de olhar o diagnóstico feito pelo próprio Governo e tomar decisões: acabar com o corporativismo, com a ideologia na escola pública, com a formação equivocada dos professores, a partir das Academias. Nós estamos formando professores para serem fomentadores de uma revolução que não interessa ao Brasil”.

O tucano chamou a atenção, ainda, de que é preciso “educar os nossos alunos para eles aprenderem Matemática e Português, porque, desta forma, eles serão, no futuro, bons profissionais; se integrarão na cadeia produtiva do País. Serão homens e mulheres úteis e cidadãos brasileiros que terão discernimento para tomar as suas próprias decisões”.

- Nós temos uma Faculdade completamente tomada pela ideologia. Os nossos cursos de formação de professores, a partir dos alfabetizadores, são, na verdade, um contrassenso lógico. O que acontece no Brasil é uma grande jabuticaba. Nós temos que imitar, sim, o que dá certo no mundo – acentuou.

'Ponta do Iceberg'


Para Marinho o FIES é apenas a ‘ponta de iceberg’ que retrata o contexto do atual governo. “É mais uma demonstração da forma como o Governo vem administrando o País, como se fosse Alice no País das Maravilhas”.

Ele acrescentou que "o Brasil precisa de uma escola sem ideologia, uma escola que forme as pessoas e permita que os cidadãos possam ter a sua opção, tanto ideológica, como de vida, sem que haja a indução, sem que haja o assédio, sem que haja essa forma estatal de se oprimir as pessoas. Não é por acaso que a qualidade da educação se encontra como ela se encontra”.(Por Gil Maranhão, para Agência Política Real, e edição de Genésio Jr,)

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