A afirmação foi feita pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa em sua delação premiada na Operação Lava Jato.
O deputado cearense Aníbal Ferreira Gomes(PMDB) teria atuado como “interlocutor” do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), nos contatos com a Diretoria de Abastecimento da Petrobras, da qual Calheiros teria recebido propina. A afirmação foi feita pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa em sua delação premiada na Operação Lava Jato.O peemedebista Aníbal Gomes nega as acusações e diz que não sabe como seu nome surgiu nas investigações.
Aníbal teria ainda empregado o filho mais novo de Calheiros, Rodrigo Rodrigues Carneiro, em seu gabinete. No depoimento, Paulo Roberto teria dito que o cearense se apresentava como “representante” do presidente do Senado. As informações foram publicadas pelo site do jornal O Estado de S. Paulo, nesta terça-feira, 4.
Aníbal, que foi prefeito deAcaraú de 1989 a 1993, nega as acusações. Ele afirma que conhecia o ex-diretor, porém não havia relação de proximidade entre eles. O deputado ressalta que não sabe como seu nome foi citado nas investigações.
Calheiros
A propina paga ao presidente do Senado teria “furado” o teto de 3% estabelecido como limite dos repasses a políticos no esquema de cartel e corrupção desbaratado pela Operação Lava Jato.
A investigação ao esquema começou em março de 2014 e envolve o loteamento de diretorias da Petrobras pelo PMDB, PT e PP. Através das diretorias, os partidos arrecadavam entre 1% e 3% de propina em grandes contratos. Na delação de Costa, a propina teria excedido os 3% para que “fosse incluído um valor para Renan”, conforme o Estadão.
Atuação
Aníbal Gomes teria participado, entre 2007 e 2008, do processo que resultou na contratação da empresa Serveng-Civilsan pela Petrobras, na época em que Costa ocupada a Diretoria de Abastecimento. O deputado cearense, primo do ex-governador Cid Gomes (Pros), teria intermediado o pedido de Renan Calheiros para que a empresa integrasse o seleto grupo de empreiteiras que atuavam nas áreas estratégicas da Petrobras.
De acordo com levantamento do Estadão, a Serveng-Civilsan faz parte do grupo contrato para as obras da Refinaria Premium I, orçada em R$ 20 bilhões, no Maranhão. As outras empresas que formam o contrato são a Galvão. Repórter Renato Sousa/OPOVO
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