O cancelamento da construção das refinarias da Petrobras nos estados do Maranhão (Premium I) e no Ceará (Premium II) deverá tornar o Brasil em um grande importador de óleo diesel. Hoje o País é importador de gasolina, entre outros derivados.
O alerta foi feita nesta quarta-feira, 25, pelo consultor legislativo da Câmara dos Deputados na área de Recursos Minerais, Hídricos e Energéticos, Paulo César Ribeiro Lima, durante audiência pública na Comissão que trata do cancelamento dos empreendimentos.
Além do consultor legislativo participou da audiência o representante do Sindipetro do Pará/Amazonas/Maranhão/Amapá, Lourival Monteiro Júnior.
Gestores ausentes
Estava também prevista a participação de dois gestores da Petrobras, mas ambos - o diretor de Abastecimento da estatal, Jorge Celestino Ramos, e o diretor-geral da Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), Fábio Lopes de Azevedo - enviaram ofícios à comissão informando que não poderiam comparecer por compromissos assumidos anteriormente.
A coordenadora da Comissão, deputada federal Eliziane Gama (PPS-MA), que criticou a ausência dos representantes da estatal. "Não podemos admitir que eles mandem oficio sem uma justificativa cabível", declarou.
Ela afirmou que a comissão deverá formular novo convite aos dois gestores. A deputada disse que se eles não comparecerem, poderá pedir a convocação de ambos na CPI da Petrobras, do qual também é membro.
Já o relator da comissão é o deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), que também criticou a Petrobras. Esta é a terceira audiência pública realizada pelo colegiado para discutir a questão.
Importação de óleo diesel
As refinarias do Maranhão e do Ceará iriam produzir principalmente diesel, entre outros refinados, como querosene de aviação e GLP. O aumento das importações tornará o País mais dependente dos preços internacionais, com efeitos sobre o balanço de pagamentos (resultado das transações do País com o exterior).
As refinarias seriam construídas nas cidades de Caucaia (CE) e Bacabeira (MA. Elas iriam produzir óleo diesel, gás de cozinha (GLP), nafta e querosene para aviação (QAV).
Desde 2006 a estatal analisava a implantação das duas unidades de refino. Na semana passada, o gerente-executivo de Programas de Investimento da área de Abastecimento da Petrobras, Wilson Guilherme Ramalho da Silva, afirmou em audiência na comissão que o cancelamento deveu-se à falta de atratividade econômica do empreendimento e à inexistência de um parceiro para tocar os dois projetos juntos com a Petrobras. A suspensão dos dois empreendimentos foi anunciada pela Petrobras em janeiro.
Para o consultor Paulo Lima a falta de regulação dos preços dos derivados no País torna difícil a atratividade do setor para a iniciativa privada, que poderia complementar, desde que autorizado pelo Estado, a atuação da Petrobras. Além disso, a estatal tem o monopólio dos terminais e dutos que seriam usados pelas empresas privadas, que teriam que pagar pelo uso.
"Não existe qualquer possibilidade de uma empresa privada investir em refino no País".
Ele fez uma série de sugestões para a comissão externa, entre elas: a adoção de uma política transparente de preços para os derivados; o aumento da produção de gasolina no País; a retomada das refinarias Premium I e II; e a obrigação de que parte do petróleo produzido aqui seja refinado no território brasileiro. Ele lembrou que nos Estados Unidos 100% dos derivados de petróleo são refinados dentro do território americano.Por Gil Maranhão/ para Agência Política Real
Além do consultor legislativo participou da audiência o representante do Sindipetro do Pará/Amazonas/Maranhão/Amapá, Lourival Monteiro Júnior.
Gestores ausentes
Estava também prevista a participação de dois gestores da Petrobras, mas ambos - o diretor de Abastecimento da estatal, Jorge Celestino Ramos, e o diretor-geral da Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), Fábio Lopes de Azevedo - enviaram ofícios à comissão informando que não poderiam comparecer por compromissos assumidos anteriormente.
A coordenadora da Comissão, deputada federal Eliziane Gama (PPS-MA), que criticou a ausência dos representantes da estatal. "Não podemos admitir que eles mandem oficio sem uma justificativa cabível", declarou.
Ela afirmou que a comissão deverá formular novo convite aos dois gestores. A deputada disse que se eles não comparecerem, poderá pedir a convocação de ambos na CPI da Petrobras, do qual também é membro.
Já o relator da comissão é o deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), que também criticou a Petrobras. Esta é a terceira audiência pública realizada pelo colegiado para discutir a questão.
Importação de óleo diesel
As refinarias do Maranhão e do Ceará iriam produzir principalmente diesel, entre outros refinados, como querosene de aviação e GLP. O aumento das importações tornará o País mais dependente dos preços internacionais, com efeitos sobre o balanço de pagamentos (resultado das transações do País com o exterior).
As refinarias seriam construídas nas cidades de Caucaia (CE) e Bacabeira (MA. Elas iriam produzir óleo diesel, gás de cozinha (GLP), nafta e querosene para aviação (QAV).
Desde 2006 a estatal analisava a implantação das duas unidades de refino. Na semana passada, o gerente-executivo de Programas de Investimento da área de Abastecimento da Petrobras, Wilson Guilherme Ramalho da Silva, afirmou em audiência na comissão que o cancelamento deveu-se à falta de atratividade econômica do empreendimento e à inexistência de um parceiro para tocar os dois projetos juntos com a Petrobras. A suspensão dos dois empreendimentos foi anunciada pela Petrobras em janeiro.
Para o consultor Paulo Lima a falta de regulação dos preços dos derivados no País torna difícil a atratividade do setor para a iniciativa privada, que poderia complementar, desde que autorizado pelo Estado, a atuação da Petrobras. Além disso, a estatal tem o monopólio dos terminais e dutos que seriam usados pelas empresas privadas, que teriam que pagar pelo uso.
"Não existe qualquer possibilidade de uma empresa privada investir em refino no País".
Ele fez uma série de sugestões para a comissão externa, entre elas: a adoção de uma política transparente de preços para os derivados; o aumento da produção de gasolina no País; a retomada das refinarias Premium I e II; e a obrigação de que parte do petróleo produzido aqui seja refinado no território brasileiro. Ele lembrou que nos Estados Unidos 100% dos derivados de petróleo são refinados dentro do território americano.Por Gil Maranhão/ para Agência Política Real
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