CRIME EM JERICOACOARA NÃO AFETA TURISMO

Jericoacoara, a 287 Km de Fortaleza, é uma vila de pescadores pacata, de gente hospitaleira, de paisagem
indescritível e um dos destinos mais procurados por turistas brasileiros e estrangeiros. 

Antes, uma isolada aldeia de pescadores, hoje, destino de milhares de pessoas todos os anos. No dia 25 de dezembro passado, um crime, que teve repercussão nacional, abalou moradores e visitantes.

A turista italiana Gaia Molinari, de 29 anos, foi encontrada morta. A suspeita do crime é outra turista, a carioca Mirian França, de 31 anos. A polícia realiza investigações sobre o crime.

Estamos em alta estação, uma das épocas do ano que Jeri é mais procurada. Segundo a proprietária da agência Jeri Ecoturismo, Elisângela Vasconcelos, muitos clientes ligam, mandam e-mail, “sempre perguntando se é perigoso, se o passeio até a Pedra Furada oferece algum risco”. A empresária destaca que em relação a sua empresa, a alta estação de 2015, se comparada ao ano passado, está abaixo da expectativa. “O fluxo na vila, entretanto, continua intenso”, disse. A empresária não atribui o crime a diminuição do movimento.

Já o presidente do Conselho Comunitário de Jericoacoara, Elenildo Silva, ressalta que o crime não afetou o turismo e que “desde o acontecido” o policiamento está mais ostensivo. “Está tudo normal, até mais seguro”, disse. 

Ele disse ainda que a morte da turista foi uma fatalidade. “A última notícia sobre um assassinato por aqui deve ter quatro anos”, destacou.

Para o presidente da Agência de Desenvolvimento de Turismo de Jericoacoara (Adetur), Oswaldo Leal, “é um grande exagero essas histórias de violência em Jeri”. Segundo ele, turismo não foi afetado. “Será que em Fortaleza não tem crimes? Em Copacabana, o índice de crimes é altíssimo. E as pessoas continuam indo pra lá. Pra Jericoacoara também não será diferente”, pontuou.