A declaração foi dada pelo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, na manhã desta terça-feira (30).
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou na manhã desta sexta-feira (30) que a divulgação do balanço da Petrobras, mesmo sem considerar os valores referentes à corrupção, foi "de uma transparência absoluta", mas que a estatal ainda precisa dar novos passos no que diz respeito ao reconhecimento dos valores desviados em suas demonstrações contábeis.
O ministro está no Rio para uma reunião noONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).
O balanço da Petrobras referente ao terceiro trimestre de 2014 foi divulgado na madrugada de quarta-feira (28) e não considerou os impactos da corrupção. Ele apresentou um número, sem impacto no balanço, de R$ 88,6 milhões referentes a 31 projetos com suspeita de superfaturamento.
A conta reconhece também, além da corrupção, o valor atual dos ativos da companhia e variáveis como custo da obra e de mão de obra a valores presentes.
Há um segundo valor de R$ 4 bilhões, calculado com base nas delação premiada do ex-diretor de Refino da estatal, Paulo Roberto Costa, que afirmou que 3% dos contratos eram repassados como propina.
"Creio que nesse sentido estamos avançando passo a passo. O que aconteceu na divulgação do balanço da Petrobras do terceiro trimestre foi de uma transparência absoluta, não só demonstra a metodologia e a fórmula do cálculo justo sobre o seu ativo, o que vai muito além do que indica a questão do Lava Jato", disse.
Ele afirmou que ao apresentar os dois valores, a estatal estaria indo além da necessidade.
"O que a Petrobras está fazendo é mais que isso. Está demonstrando não apenas a todos os seus acionistas controladores, ao povo brasileiro e à comunidade internacional a sua transparência contábil", afirmou o ministro.
"Ela precisa ainda dar novos passos. Estamos apenas divulgando nesse momento o balanço do terceiro trimestre. A partir daí, ela terá que dar novos passos com esta orientação de transparência e com essa firme decisão de ter cada vez mais um 'compliance' e uma governança mais eficiente para que possamos apresentar o resultado do balanço de 2014, que estará sendo entregue também para a população e os acionistas", completou.Folhapress
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