"Eu não estou reconhecendo o Aécio", disparou o governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), referindo-se ao tom agressivo com que o senador mineiro Aécio Neves (PSDB) tem se dirigido à presidente Dilma Rousseff (PT).
Nesta quarta-feira (3), durante sessão para a votação da mudança na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), o tucano acusou a presidente de colocar o congresso Nacional de "cócoras" ao condicionar a liberação de emendas à aprovação do projeto de lei que derruba a meta fiscal para 2014.
“Hoje a presidente coloca de cócoras o Congresso ao estabelecer que cada um aqui tem um preço. Fala-se em 748 mil reais. Essa é uma violência jamais vista nesta casa”, disse.
Aécio Neves subiu o tom das críticas na reta final da corrida presidencial, da qual saiu derrotado, e, desde então, vem adotando discurso cada vez mais incisivo. Em entrevista recente, o ex-candidato à Presidência da República afirmou que não perdeu a eleição para um partido político, mas sim "para uma organização criminosa".
Além de Cid Gomes, petistas também mostraram descontentamento com as declarações ofensivas. O presidente nacional do PT, Rui Falcão, já comunicou que o partido interpelará na Justiça o senador. O deputado Valmir Assunção (PT-BA) reiterou o apoio à decisão de Falcão:
“Todos nós, parlamentares e militância do PT temos que fazer a mesma coisa, porque não podemos aceitar que, em um regime democrático, o candidato derrotado, que devia ter aceitado o processo eleitoral, fique questionando e tentando encontrar justificativas na sua incapacidade de convencer o povo brasileiro”, frisou.
O deputado Dr. Rosinha (PT-PR) afirmou que o tucano revela sua incapacidade moral e ética. “É um homem incapaz de aceitar o resultado da urna, incapaz de entender o desejo popular. Nessa incapacidade, ele procura adjetivar aqueles que o derrotaram.”CEARANEWS
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