O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) evitou falar sobre a operação Lava Jato da Polícia Federal durante evento em Foz do Iguaçu,
onde participou do encontro "Cultivando Água Boa", promovido pela Itaipu Binacional.
Ao ser questionado por jornalistas quando deixava o evento, Lula falou para imprensa procurar órgãos oficiais.
"Perguntem para a Polícia Federal e para o Ministério Público."
Um esquema bilionário de lavagem e desvios de dinheiro envolvendo a Petrobras veio à tona em março deste ano, quando a PF deflagrou a operação Lava Jato.
Na época, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, considerado o chefe do esquema, foram presos.
Na última semana, 24 investigados foram presos, mas 11 deles já foram soltos após prestar depoimento. Um dos presos, o ex-diretor Renato Duque, teria sido indicado ao cargo pelo PT.
Em palestra proferida no encontro, o ex-presidente defendeu o governo Dilma e disse que aqueles que atacam a presidente terão uma surpresa com o segundo mandato dela.
"Vão ter uma surpresa extraordinária porque ela sabe que ela tem que fazer o melhor governo desse país. Ela sabe que daqui a quatro anos vai ter que escolher qual a imagem que ela quer deixar depois de uma mulher governar esse país durante 8 anos". Para Lula, Dilma vai dar um "show" no segundo mandato dela.
Lula lembrou ainda as dificuldades que passou em seu primeiro mandato e da tentativa de impeachment.
"Tentaram até falar em impeachment para mim, eu disse para eles: 'vocês querem impeachment, nós vamos disputar na rua, vamos na rua conversar com o povo'.
Eles têm que aprender respeitar o resultado da democracia, a democracia ganha quem tiver mais votos, aqueles que têm mais eleitores", pontuou.
No discurso, Lula também enfatizou a importância do programa Bolsa Família e da distribuição de renda no Brasil.
"Se criou nesse país a ideia e de que o Bolsa Família sustenta vagabundo. E quem fala isso, às vezes, são pessoas que não conhecem. As pessoas não sabem o efeito multiplicador da política de transferência de renda".
Antes de iniciar a palestra, o ex-presidente pediu que a plateia se levantasse para fazer um minuto de silêncio, em homenagem ao ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que esteve à frente da pasta durante seu governo e morreu hoje.
O ex-presidente esteve acompanhado do Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e do diretor geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek. Ele deixou o evento por volta das 13h.UOL
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