Pages

terça-feira, 12 de agosto de 2014

PRESIDENTE DO SENADO E EMPREITEIRAS DO NORDESTE SURGEM NO MEIO DO ESCÂNDALO NA PETROBRAS

Por ipuemfoco   Postado  terça-feira, agosto 12, 2014   Sem Comentários



Renan Calheiros e firmas da região são citados pela ex-contadora do doleiro preso Alberto Youssff, envolvido nas denúncias de corrupção na Petrobras

Empresas e lideranças políticas nordestinas emergem em posição de destaque nas operações do doleiro Alberto Youssef, em meio às investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. 


Políticos e construtoras estariam envolvidos com o esquema de lavagem de dinheiro e captação de recursos para partidos políticos do doleiro, preso na Operação Lava-Jato da Polícia Federal (PF).

O destaque no rol de empresas é a empreiteira de origem baiana, OAS, ao lado dos grupos Mendes Júnior, de origem mineira, e Camargo Corrêa, de origem paulista. Todas do ramo da construção civil. Igualmente fortes prestadoras de serviço em contratatos com a Petrobras. Reportagem da revista Veja, desta semana, traz denúncias baseadas em revelações de Meire Bonfim Poza, ex-contadora do doleiro Alberto Youssef ao longo de três anos.

Fundos de pensão

De acordo com Meire Bonfim Poza, entre os políticos, em evidência, pela primeira vez, figura o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Outra novidade é a relação do doleiro com o Fundo de Pensão dos Correios (Postalis) e o Fundo de Pensão da Caixa Econômica Federal (Funcef). Havia interesse de Alberto Yousseff de obter recursos de ambos os fundos para projetos de investimentos.

Segundo Meire Bonfim Poza, Alberto Youssef buscou o aval de Renan Calheiros para sacramentar as operações do doleiro. “A diretoria do Postalis é dividida entre o PMDB e o PT, tudo misturado. Não sei o tamanho da comissão que os partidos iriam levar. Mas era muito dinheiro”, declarou ela à revista.

Acordo para não quebrar sigilos

Política Real apurou que nas últimas reuniões da CPI da Petrobras houve um acordo sentido de não votar as quebras sigilos, defendidas pelo PT e por Renan Calheiros, na medida em que não aprovasse a quebra de sigilos telefônicos, bancários e fiscal do presidente da Transpetro, Sérgio Machado, indicação do próprio Renan Calheiros na quota do PMDB.

Baianos

Entre os parlamentares envolvidos no esquema de lavagem de dinheiro de Alberto Yousseff também foi citado pela ex-contadora do doleiro o deputado Luiz Argôlo(SDD-BA) que, inclusive, responde a processo administrativo no Conselho de Ética da Câmara. “O Luiz Argôlo era cliente e ao mesmo tempo sócio de Beto (Alberto Youssef). Eles tinham parcerias em obras e negócios. Eu fiz muitos pagamentos para o Argôlo. Ele vivia no escritório”, revelou ela

Segundo a ex-contadora do doleiro, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa cobrava “pedágio” (propina) das empreiteiras para obter contratos com a Petrobras. “O Beto (Alberto Yousseff) era quem operacionalizava a administrava o dinheiro arrecadado com as empreiteiras”, revelou.

Malas de dinheiro

Ex-ministro das Cidades e ex-deputado pelo PP, atualmente presidente da legenda na Bahia, e conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios, Mário Negromonte(PP) é citado na entrevista à Veja.

De acordo com Meire Bonfim Poza, um irmão de Mario Negromonte trabalhava para o esquema “transportando as malas, levando e buscando dinheiro nas construtoras”. O doleiro, segundo ela, se encarregava da distribuição de recursos aos beneficiários, que receberiam pagamentos em dinheiro vivo ou por meio de depósitos bancários feitos por ela própria.

De acordo com ela, no caso da OAS, parte de recursos da construtora era destinada a “caixa dois” de políticos. Em janeiro deste ano ela foi convidada por Alberto Youssef à sede da construtora. “Um dia ele (Alberto Youssef) me convidou para ir num lugar. Quando entrei no carro ele disse: ‘Vou ali na OAS para entregar isso aqui’, e apontou para o banco de trás do carro. Quando eu olhei para trás, tinha uma mala no banco. Eu tomei um susto, nunca tinha visto tanto dinheiro”, afirmou.

Troféu

Outro parlamentar do Nordeste, citado por Meire Bonfim Poza, é o senadorFernando Collor de Mello (PTB-AL), e ex-presidente da República. Foram encontrados pela PF comprovantes de depósitos bancários no escritório de Alberto Youssef, em nome de Fernando Collor de Mello.

De acordo com ela, o doleiro “guardava os recibos como um troféu”. Os comprovantes foram obtidos durante busca e apreensão durante a Operação Lava-Jato em março deste ano. À época, a PF mostrou que os R$ 50 mil foram depositados para Fernando Collor de Mello. A operação foi executada a pedido de Pedro Paulo Leoni Ramos, ex-assessor do ex-presidente a República.

Convocação

O relator da CPI da Petrobras, deputado Marco Maia (PT-RS), afirmou no fim de semana que pedirá a convocação de Meire Bonfim Poza para prestar esclarecimentos à comissão. “Uma peça importante na investigação da própria CPI”, destacou.

Nordestinos Citados por Meire Bonfim Poza:

Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL)

Deputado Luiz Argôlo (SDD-BA)

Presidente do PP na Bahia, Mário Negromente

Senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL)

 
Agência Política Real, com edição de Valdeci Rodrigues

Sobre o autor

Adicione aqui uma descrição do dono do blog ou do postador do blog ok

0 comentários:

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
.
Voltar ao topo ↑
RECEBA NOSSAS ATUALIZAÇÕES

© 2013 IpuemFoco - Rádialista Rogério Palhano - Desenvolvido Por - LuizHeenriquee