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sábado, 2 de agosto de 2014

ÁGUA; PARA CONVIVER COM A SECA

Por ipuemfoco   Postado  sábado, agosto 02, 2014   Sem Comentários

                          
A enxurrada de recursos financeiros – R$ 9 bilhões – que, em 2013, foi prometida pelo Governo Federal para amenizar os efeitos da seca é a prova de que dinheiro não é exatamente o problema da falta d´água no Nordeste. 

Tampouco faltam tecnologia, projetos e exemplos mundo afora para inspirar os próximos gestores a enfrentarem a única certeza que se tem sobre 2015: a escassez de chuva em boa parte do ano.

Apesar disso, desde o século XVII – quando, segundo pesquisadores, teria ocorrido o primeiro episódio de seca do Ceará – o drama do desabastecimento, da sede e dos carros-pipa se repete. Hoje, 105 açudes do estado estão com menos de 30% de água. Um total de 169 municípios permanece em situação de emergência.

O governo diz que a situação podia estar pior – e é verdade. “Tem melhorado, embora ainda tenhamos muito que avançar. Há virtudes e defeitos em todas as áreas de nossa política hídrica”, avalia o professor Francisco de Assis de Souza Filho, do curso de Engenharia Hidráulica da UFC e pesquisador do tema.

Projetos grandiosos como a transposição do Rio São Francisco e o Cinturão das Águas são apontados como promessa das atuais gestões federal e estadual para ampliar nossa segurança hídrica. Além disso, programas de poços e cisternas – milhares construídos nos últimos dois anos, quando pouco choveu – e de benefícios importantes como a garantia-safra evitaram um colapso mais dramático.


Mas o investimento será em vão se o Estado não avançar em problemas crônicos, como a ausência de um plano preventivo que evite o “deus nos acuda” em anos de estiagens mais castigadoras. Atualmente, a cada situação crítica surge um novo procedimento, sem padronização de responsabilidades. 

“Não existe uma espécie de manual, bem fundamentado, que oriente nossas ações”, percebe Souza Filho, que integrou a direção da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) na década de 1990.

Pelo menos até esta etapa da campanha eleitoral, os quatro candidatos ao governo do Ceará não parecem saber exatamente como irão enfrentar os efeitos da seca nos próximos anos.

Abundam propostas genéricas como “ampliar oferta”, “garantir abastecimento”, “promover avanços”, “repensar políticas”. Mas ainda não há metodologias pensadas para levar o Ceará a um novo patamar de convivência com a estiagem.

O POVO conversou com gestores públicos, engenheiros e pesquisadores sobre onde precisamos avançar. Eles citam, também, lições que o Ceará terá de aprender se quiser superar de vez o problema.

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