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segunda-feira, 7 de abril de 2014

VIOLÊNCIA URBANA; MULHERES RECLAMAM DE ASSÉDIO EM ÔNIBUS E METRÔS

Por ipuemfoco   Postado  segunda-feira, abril 07, 2014   Sem Comentários

                              
“Eles chegam encostando. Na primeira vez eu me afasto, mas se eu perceber que continua, eu xingo, ameaço bater, não fico quieta não. Mas é uma humilhação”.
 O relato de Diana Cavalcante, empregada doméstica de 50 anos, é recorrente. Segundo a Secretaria Estadual da Segurança Pública de São Paulo, foram registrados este ano, no estado, 285 casos de importunação ofensiva ao pudor, quando a vítima é assediada sexualmente em local público. Desses casos, 17 ocorreram dentro de coletivos e 13 nos pontos de ônibus.

Na Delegacia de Polícia do Metropolitano (Delpom), apenas nos três primeiros meses deste ano 33 homens foram detidos sob a acusação de assédio dentro dos vagões e nas estações de metrô e trem. Dois foram presos em flagrante e continuam presos.

“Já vi cenas terríveis, já levantaram a saia de uma mulher e ela não teve reação, porque se a gente fala alguma coisa, eles ofendem a gente, acham ruim”, relatou Diana.


Para o porteiro Eli Alves do Nascimento, de 25 anos, falta punição. “Ontem mesmo eu presenciei uma cena. Um rapaz fingiu que tropeçou para molestar uma menina. Na hora eu não percebi, mas depois parei para pensar. Foi de propósito”, lembrou.

Aline Valderrama Alves de Narciso, de 23 anos, diz que também já foi vítima dos abusadores, e acredita que vagões femininos poderiam ajudar. “Eu ficaria mais confortável”, desabafa a operadora de telemarketing.

Como agem

Segundo relato dos agentes de segurança que trabalham à paisana no metrô de São Paulo, 80% das mulheres que sofrem assédio em situações que são presenciadas por eles preferem não prestar queixa.

Alguns dos abusadores aproveitam-se da impunidade para continuar agindo. Um dos “encoxadores” conhecidos pelos agentes tem nove passagens pela polícia e já foi pego praticando assédio sexual em shoppings centers, elevadores, ônibus e vagões de metrô e trem.

Os abusadores têm em comum o modo de se vestir e de agir. Bermuda de tactel (um tecido muito fino), camiseta bem comprida e um agasalho colocado na frente do corpo. Eles entram e saem de várias filas na mesma plataforma de uma estação.

Agentes de segurança contam que os abusadores “são sempre as mesmas pessoas”. “Eles encostam, passam as mãos nas mulheres e alguns colocam o pênis para fora. No aperto, não dá para ver”, disse um dos agentes. A Estação Brás, na Linha Vermelha do metrô, é uma das mais críticas. “No horário de pico, conseguimos identificar uns 30 molestadores por dia só nessa estação”, disse ele. (Agência Brasil)

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