O vice-presidente Michel Temer disse, nesta segunda-feira (7), em Nova York, que a pressão pelo "volta, Lula" campanha velada pelo retorno do ex-presidente à cédula eleitoral de 2014 é algo que "já fluiu" e que o ex-presidente não tem "intenção" de se candidatar agora.
Temer defendeu ainda que a queda de Dilma nas intenções de voto mostrada na última pesquisa Datafolha, publicada no fim de semana, não vai realimentar o movimento pela troca dos nomes ao Planalto em outubro.
"Não creio que haja nem a intenção do ex-presidente Lula e nem a disposição da presidente Dilma de acolher a tese", disse o vice-presidente, ao chegar a um evento em Nova York sobre o papel dos BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China), organizado pelo Fórum das Américas.
Na pesquisa, Dilma caiu de 44% para 38%, enquanto Aécio Neves (PSDB) manteve 16% e Eduardo Campos (PSB) oscilou de 9% para 10%. "A pesquisa que vale é a pesquisa de outubro, nas urnas", disse.
"E ainda assim verifica-se que ela [Dilma], com este índice, ainda ganha no pPara Temer, variações em pesquisas de intenção de voto são "muito comuns" e a do último fim de semana mostra apenas a "fotografia do momento"rimeiro turno."
Diante dos dados de que 65% dos eleitores acreditam que a inflação deverá aumentar no próximo período, Temer disse que a situação está "sob controle". "No ano passado, quando o tomate aumentou de preço, gerou uma expectativa de que a inflação seria uma coisa incontrolável. Entretanto, não tivemos isso. Estamos vivendo agora mais ou menos o mesmo momento", afirmou. "O governo tem instrumentos e está trabalhando para conter a inflação."
Segundo reportagem publicada no domingo pela Folha de S.Paulo, a inflação é o tema que mais preocupa o governo neste momento e de "solução nada simples", mas que precisa ser enfrentado para estancar a queda de Dilma e abafar o coro do "volta, Lula".DN
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