O Ceará continua com níveis críticos de abastecimento nos reservatórios. Segundo a Cogerh, localidades com boas chuvas ainda tiveram aportes tímidos.
O mês de maio, historicamente o segundo mais fraco da quadra chuvosa cearense, começa com um cenário de recargas insuficientes nos açudes do Estado. O volume geral dos reservatórios está em 32,5% da capacidade
A situação para a agricultura é considerada de boa a regular na maior parte do Estado, mas os açudes tiveram poucas mudanças, conforme analisa Yuri Castro, assessor técnico da presidência da Cogerh. O aumento de quase três pontos percentuais no volume geral em dois meses ainda é pequeno. “O aporte que tivemos representa apenas 30% do que o Ceará ganharia com as chuvas de um inverno normal”, detalha.
Na bacia do Salgado, onde ficam os 15 açudes da região do Cariri, o volume cresceu de 20,5% para 38,9% desde fevereiro. É a bacia com melhor evolução, mas ainda tem níveis insuficientes: atingiu apenas 78% do aporte considerado médio pela Cogerh.
De acordo com Yuri Castro, os equipamentos são de adutoras definitivas, tendo até 20 anos de duração. O contrato deve ser feito até o fim de maio para o início das obras. Os recursos de R$ 154 milhões são do Ministério da Integração Nacional.
Pouca mudança em relação ao início da quadra chuvosa: 29,8% em fevereiro.
Os dados são coletados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Mesmo em regiões onde os números parecem animadores, o aporte hídrico tem ficado abaixo do observado em anos com boas chuvas. Noventa e nove dos 149 açudes monitorados (70%) estão em situação crítica, com volume inferior a 30%.
A situação para a agricultura é considerada de boa a regular na maior parte do Estado, mas os açudes tiveram poucas mudanças, conforme analisa Yuri Castro, assessor técnico da presidência da Cogerh. O aumento de quase três pontos percentuais no volume geral em dois meses ainda é pequeno. “O aporte que tivemos representa apenas 30% do que o Ceará ganharia com as chuvas de um inverno normal”, detalha.
Na bacia do Salgado, onde ficam os 15 açudes da região do Cariri, o volume cresceu de 20,5% para 38,9% desde fevereiro. É a bacia com melhor evolução, mas ainda tem níveis insuficientes: atingiu apenas 78% do aporte considerado médio pela Cogerh.
As de piores níveis não chegaram a 5% do aporte médio: a do Curu e a dos Sertões de Crateús, com 6,5% e 3,5% do volume total, respectivamente. Segundo Castro, é a irregularidade das chuvas que mais pesa para configurar o quadro atual. Com recargas abaixo da média, a pouca água acumulada se esvai com consumo e evaporação.
Adutoras
Com a chegada de maio, a perspectiva é de que a situação se prolongue com uma tendência de diminuição dos volumes dos açudes. O assessor técnico da presidência da Cogerh ressalta que os anos com maiores chuvas em maio são raros, como o caso de 2009.
Com a chegada de maio, a perspectiva é de que a situação se prolongue com uma tendência de diminuição dos volumes dos açudes. O assessor técnico da presidência da Cogerh ressalta que os anos com maiores chuvas em maio são raros, como o caso de 2009.
Para enfrentar os próximos meses, a previsão é instalar adutoras emergenciais para evitar a falta de água em 11 municípios: Crateús, Nova Russas, Tauá, Canindé, Caridade, Alcântaras, Quiterianópolis, Caririaçu, Irauçuba, Potiretama e Maranguape. Nesta última cidade, a água será levada aos três principais distritos: Penedo, Amanari e Itapebussu.
De acordo com Yuri Castro, os equipamentos são de adutoras definitivas, tendo até 20 anos de duração. O contrato deve ser feito até o fim de maio para o início das obras. Os recursos de R$ 154 milhões são do Ministério da Integração Nacional.
A escolha dos municípios segue planejamento simulando a situação dos municípios caso não haja nenhuma recarga. Não houve inclusão de cidades desde o planejamento de janeiro. Segundo a Cogerh, Piquet Carneiro é uma das cidades que saiu do perfil considerado crítico com o aumento do volume do açude São José II: de 1,8% para 33% desde fevereiro.OPOVO
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