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terça-feira, 8 de abril de 2014

FORÇAS ARMADAS SÃO ALVO DE ATAQUES NA FAVELA DA MARÉ

Por ipuemfoco   Postado  terça-feira, abril 08, 2014   Sem Comentários

Um homem foi baleado durante ataques a pontos de mototaxistas em três comunidades do Complexo da Maré, na Zona Norte, no fim da noite desta segunda-feira. 

Fábio da Silva de Barros, de 28 anos, foi atingido nas costas quando estava no ponto da entrada do Conjunto Esperança. 

Segundo testemunhas, os disparos foram feitos por ocupantes de um Corolla preto, que ainda atacaram os pontos da Vila do João e da Vila dos Pinheiros. O Comando da Força de Pacificação, que está no local desde sábado, confirmou uma sequência de ataques.

Revoltado com a situação e denunciando a falta de segurança para trabalhar, um grupo de mototaxistas fechou as pistas central e lateral da Avenida Brasil, sentido Zona Oeste, no início da madrugada desta terça-feira. Policiais do Batalhão de Policiamento de Vias Expressas (BPVE) foram acionados para liberar o trânsito. De acordo com o Centro de Operações da prefeitura, três faixas ficaram bloqueadas.

Os mototaxistas contaram que os moradores estão sofrendo ameaças de bandidos do Complexo do Caju, que seriam de uma facção criminosa rival das que atuavam no Complexo da Maré antes da pacificação. 

Por volta das 23h30m, o Corolla preto entrou numa rua transversal a Avenida Brasil e, quando se aproximou dos pontos, os ocupantes fizeram vários disparos. Ainda segundo os mototaxistas, os militares não reagiram. O Caju tem uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) desde abril de 2013.

— Na última semana, os bandidos do Caju estiveram aqui e falaram que iriam 'tomar a comunidade' novamente. A ameaça se tornou ataque, e nós ficamos na linha de tiro. Os soldados não fizeram nada e ainda correram. Somos abordados durante todo o dia, mas eles não fazem o mesmo com os bandidos. Quando a PM estava aqui, isso não acontecia — disse um mototaxista, que não quis se identificar por medida de segurança.

Fábio foi atingido nas costas, e a bala ficou alojada em seu ombro. Ele foi socorrido por uma equipe da Cruz Vermelha e levado para o Hospital municipal Souza Aguiar, no Centro. De acordo com irmão de Fábio, que pediu para não ser identificado, os médicos contaram que o rapaz estava lúcido e passaria por uma cirurgia.

— É fácil atingir pessoas que estão trabalhando e desarmados. Estava chegando no outro ponto, quando me falaram dos ataques. Me chamaram, e vi que meu irmão tinha sido atingido. Levei um susto — contou.

Ainda segundo o seu irmão, Fábio tem dois filhos e trabalha à noite como mototaxista há três anos. Durante o dia, ele é funcionário de uma empresa que vende anúncios para sites.

Exército confirma ataques

No local do ataque, o major Alberto Horita, chefe da seção de Comunicação Social da Força de Pacificação, disse que as Forças Armadas só têm poder de polícia no interior das comunidades e que o policiamento na Avenida Brasil é de responsabilidade da Polícia Militar.

— Estamos garantido a segurança no interior das comunidades. Porém, ainda há muitos bandidos na cidade. Então, ainda podemos ter fatos desagradáveis — relatou o major.

No início da madrugada desta terça-feira, o Comando da Força de Pacificação informou, em nota, que o patrulhamento no complexo de favelas foi reforçado por conta de duas manifestações, sendo a primeira na região da Praça dos 18 e a segunda na Rua Tancredo Neves, próximo à Vila dos Pinheiros, na noite de segunda-feira. 

Em seguida foram efetuados tiros contra os militares que se encontravam no acesso para a Rua C4, na Vila dos Pinheiros e também próximo às tropas que estavam na Avenida do Canal 2, nas imediações do acesso da Avenida Brasil. O mesmo veículo ainda fez disparos na altura da Rua 14, na Vila do João.

O Exército ainda registrou disparos na Rua Principal, na Baixa do Sapateiro, vindos da comunidade Nova Holanda e também contra outra tropa que se encontrava no Morro Timbau. Ninguém foi preso.

No domingo, Cláudio Brum dos Reis, de 22 anos, foi espancado e jogado dentro de um valão. Os militares tiveram que conter um confronto entre moradores da Nova Holanda e da Baixa do Sapateiro, antes dominadas por facções rivais.Para controlar a confusão, soldados do Exército fizeram disparos para o alto e usaram gás de pimenta.O GLOBO

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