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terça-feira, 29 de abril de 2014

EUNÍCIO JÁ TEM SUA RESPOSTA

Por ipuemfoco   Postado  terça-feira, abril 29, 2014   Sem Comentários

                   
Cid repete o roteiro do rompimento com Luizianne: "Nem ela me deve nada, nem eu devo nada a ela", disse em 2012


Apesar de sustentar que não aceitaria prazos, o governador já deu a resposta que Eunício Oliveira (PMDB) aguardava para amanhã. Ela veio no O POVO de ontem. Em evento no qual o jornalismo político cearense estava em peso, em Tauá, o repórter Carlos Mazza colheu com exclusividade a declaração provavelmente mais reveladora até aqui de Cid Gomes sobre a própria sucessão. 

Não é a resposta que o senador queria, mas é a que esperava. Ao dizer que “nem o Eunício me deve, nem eu devo nada a ele”, Cid não só indica não ter motivo para abrir mão de escolher o candidato, em prol do PMDB. 

Ele, além disso, não deixa dúvida sobre os caminhos antagônicos que estão traçados. Faturas zeradas, compromissos encerrados, nada mais os prende. Para ser mais explícito, só se anunciasse o rompimento de vez.Vale lembrar que foi assim que a aliança com Luizianne Lins (PT) começou a acabar. Na semana após ser reeleito, em outubro de 2010, Cid foi entrevistado pelo jornalista Guálter George e por mim para as Páginas Azuis, aqui no O POVO. Ele tratou da continuidade da relação com o PT e com a então prefeita Luizianne Lins.

 Respondeu: “A Luizianne foi fundamental para a definição do apoio do PT (a ele, Cid) em 2006. (...) E já dizia, logo dois anos antes da eleição municipal: se ela fosse candidata a prefeita, (...) eu a apoiaria. Pronto. Pronto. Eu tenho muito esse sentimento de débito e crédito. 

Eu me sentia devedor dela e honrei uma dívida apoiando-a. (...) em cima do que considero coerência, gratidão, apoiei. Pronto. Eu quero manter a relação com a Luizianne, quero preservar a relação com o PT, mas... Pronto. Eu, então, emendei: “Para 2012, o senhor está liberado”.

 Ao, comentário, seguiram-se risos dos assessores que acompanhavam a conversa na residência oficial. O governador sorriu discretamente e, após ligeira pausa, comentou: “Isso foi uma conclusão sua”. E completou: “Eu quero preservar a minha relação com o PT”. (A entrevista pode ser acessada aqui http://bit.ly/1nzNZPa).

Em dezembro do mesmo ano, em entrevista ao projeto “Grandes Nomes”, na rádio O POVO/CBN. Foi um passo além: “Eu estou livre, não tenho mais compromisso com a prefeita”. Em 25 de maio de 2012, às vésperas do rompimento, Cid disse: “Estou absolutamente livre. 

Não devo nada a Luizianne, que foi importante na minha primeira eleição para governador e reconheço e sou grato por isso”. Ele ainda lembrou que ajudou a reelegê-la, aceitou a indicação por ela de Francisco Pinheiro (PT) para seu vice e até comprou briga familiar por não apoiar Patrícia Saboya em 2008. 

“Nesse aspecto moral, de gratidão e agradecimento, (estamos) absolutamente quites. Nem ela me deve nada, nem eu devo nada a ela”.
Agora, observe o que Cid disse na entrevista ao O POVO, no último sábado: “Quando o Eunício não quis ser candidato ao Senado em 2006, eu me comprometi em apoiá-lo na próxima eleição, e honrei o compromisso. 

Em 2012, o PMDB indicou o vice da nossa chapa (à Prefeitura de Fortaleza). E mais: já depois de a chapa ser acertada, prometi que o presidente da Câmara seria do PMDB, e cumpri. Nessa relação ninguém deve a ninguém”.

As declarações são, digamos assim, da mesma família. O governador repete os mesmos passos de dois anos atrás que antecederam o rompimento com Luizianne, outro dos pilares da aliança que o levou ao poder em 2006.
Érico Firmo/OPOVO

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