Vice-presidente Michel Temer, acha que a existência de um "blocão" na Câmara dos Deputados é normal, e não é contra o governo;
Segundo ele, o surgimento de "blocos para suportar os interesses da própria Câmara" não causa preocupação, e é "mais do que natural";
"Na segunda-feira [24] fiz uma reunião dos líderes, que são os líderes desse bloco, que são os líderes da base aliada, e foram unânimes em afirmar que o movimento não era contra o governo, era naturalmente em defesa dos interesses da Câmara dos Deputados, mas a favor do governo", disse Temer ao sair do Palácio do Planalto nesta quarta (26)
*Paulo Victor - Repórter da Agência Brasil
O vice-presidente da República, Michel Temer, acha que a existência de um "blocão" na Câmara dos Deputados é normal, e não é contra o governo. Segundo ele, o surgimento de "blocos para suportar os interesses da própria Câmara" não causa preocupação, e é "mais do que natural".
O vice-presidente disse também que os próximos passos da reforma ministerial devem sair logo, o que pode ajudar a amenizar a situação.
"Na segunda-feira [24] fiz uma reunião dos líderes, que são os líderes desse bloco, que são os líderes da base aliada, e foram unânimes em afirmar que o movimento não era contra o governo, era naturalmente em defesa dos interesses da Câmara dos Deputados, mas a favor do governo", disse Temer ao sair do Palácio do Planalto na tarde de hoje (26).
"Aconteceu tanto nas vezes em que fui presidente da Câmara, e nunca teve consequências maléficas", afirmou, contando que já presenciou várias vezes a criação de blocos durante seus 24 anos de atuação no Congresso.
Para ele, uma reunião com a presidenta Dilma Rousseff, para discutir os nomes que devem assumir alguns ministérios, pode ocorrer ainda nesta quinta (27) e sexta-feira (28). "Se não for agora, vai ser depois do carnaval, mas isso se resolverá em breve tempo", afirmou.
Michel Temer disse que o movimento dos deputados não tem muito a ver com a reforma ministerial, "mas evidentemente colabora para amenizar toda e qualquer situação mais dramática".
O "blocão" é formado por sete partidos governistas – PMDB, PSC, PP, PROS, PDT, PTB e PR – e pelo oposicionista Solidariedade. As oito legendas juntas somam cerca de 240 deputados federais, equivalentes a mais de um terço dos parlamentares da Câmara.
A decisão de criar um bloco para pressionar o governo da presidenta Dilma Rousseff surgiu das insatisfação dos deputados com as alegadas quebras de acordo, na liberação de emendas parlamentares de 2013. Também contribuiu o fato de o Planalto ter trancado a pauta da Câmara com os projetos de seu interesse, com o regime de urgência constitucional.
*Colaborou Luciano Nascimento
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